O Grêmio cumpriu a missão de ganhar do Vitória, em Caxias do Sul, em jogo no qual Renato Portaluppi contou com a estreia de Matías Arezo. Ainda que tenha criado boas situações no primeiro tempo sem um centroavante de origem, a entrada do uruguaio mostrou a importância de um jogador de referência no comando do ataque na equipe gremista. O Desenho Tático de Zero Hora analisa como foi o desempenho do Tricolor no jogo realizado na manhã deste domingo (21).
Escalação
Depois do bom rendimento no segundo tempo da derrota para o São Paulo, no meio de semana, Renato optou por iniciar com Nathan Pescador como o homem mais adiantado do ataque, com a ida de Galdino para o banco. Edenilson, recuperado das dores musculares, retornou como o meia central e Carballo foi a novidade formando a dupla de volantes com Villasanti. O 4-2-3-1 foi mantido com Pavon e Soteldo como homens de lado.
Como o Grêmio iniciou o jogo:
Ainda que não tenha conseguido balançar as redes, o Grêmio teve uma boa movimentação ofensiva no primeiro tempo. Nathan Pescador exerceu o papel do falso 9, sendo o jogador que iniciava na posição de centroavante, mas se movimentava para gerar espaços que eram ocupados por Edenilson, Carballo e Villasanti. Até mesmo Soteldo apareceu em alguns momentos na posição típica do centroavante.
Foram em jogadas com movimentações assim que Carballo e Edenilson tiveram duas boas chances na área após cruzamentos. A mais clara delas foi de Edenilson, que recebeu uma bola açucarada de Soteldo aos 38 minutos, mas cabeceou para fora.
Após um primeiro tempo sem gols, Soteldo tirou o zero do placar aos 17 da etapa final, em lance no qual apanhou a sobra do cruzamento, se livrou dos marcadores e chutou sem chance para o goleiro Lucas Arcanjo.
Somente aos 13 minutos do segundo tempo que Matías Arezo foi chamado para estrear. Foram três trocas ao mesmo tempo, com Dodi e Gustavo Nunes também entrando para as saídas de Pavon, Edenilson e Carballo. O Grêmio se reposicionou com Nathan Pescador como meia central e o uruguaio como centroavante. Depois, Pepê entrou no lugar de Pavon, com Dodi sendo deslocado para o lado direito, Gustavo Nunes sendo o extrema da esquerda e Soteldo funcionando como meia-central.
Arezo foi o responsável por cavar o pênalti que Reinaldo converteu em gol para definir o placar de 2 a 0 nos acréscimos. Mas mais que sofrer o pênalti, o uruguaio se mostrou capaz de vencer duelos por cima após saídas longas dos zagueiros e também de prender a bola no ataque, algo que o Grêmio vinha sentindo falta desde a lesão de Diego Costa.
Ainda que esteja longe do rimo ideal, por vir sem jogar uma partida oficial desde maio, Arezo mostrou com sua característica algo que vinha faltando ao Grêmio. Por mais que tenha tido boas movimentações ofensivas no primeiro tempo sem uma referência, o sistema de jogo de Renato é montado para contar com um centroavante. Arezo será fundamental nesse cenário até que o treinador possa contar com o retorno de Diego Costa, previsto apenas para a segunda quinzena de agosto.
Arezo contra o Vitória (21 minutos em campo)
- 1 pênalti sofrido
- 1 finalização (de fora da área)
- 6 passes certos (75% de efetividade)
- 2 de 3 duelos ganhos pelo chão
- 2 de 5 duelos ganhos pelo alto
- 1 falta cometida
- 2 faltas sofridas
Fonte: Sofascore