Apesar da boa vitória do Grêmio por 4 a 1 contra o Guarany de Bagé, neste sábado (2), na Arena, o técnico Renato Portaluppi teve que falar sobre um assunto do passado. Sua ausência em Ijuí, na decisão da Recopa Gaúcha, na qual o Tricolor foi derrotado com time alternativo, gerou questionamentos durante a semana.
— Quando se trata do nome de Renato, as pessoas querem aparecer. Uma crítica ali, outra aqui é válido, mas tem gente que deve ser apaixonada por mim, porque falam do meu nome o tempo todo — ironizou o treinador antes de responder sobre a ausência.
Segundo Renato, já estava definido há algum tempo que ele não iria viajaria, liberado pelo presidente.
— As pessoas têm mania de falar que eu mando no Grêmio. Pergunte ao antigo presidente se eu fazia algo sem perguntar para ele. Perguntem para o (Alberto) Guerra se faço algo sem falar com ele. O Grêmio jogou um Gre-Nal, foi um jogo pegado, na segunda eu já sabia disso, mas a decisão foi tomada há três semanas. Daí eu pergunto para os cornetinhas como vou levar os jogadores para Ijuí, com sete horas de viagem de ônibus? Tinha quem falasse que esse jogo (contra o Guarany) não valia nada, mas a gente ainda está brigando por algo no campeonato. Aqui no Grêmio tem hierarquia e eu sempre respeitei — afirmou o treinador, durante a entrevista coletiva.
A partir disso, Renato trouxe à tona a questão da partida ser realizada em Ijuí, e também respondeu sobre a atitude dos jogadores não terem ido buscar as medalhas de vice-campeão da Recopa.
— Fiquei me perguntando, por que o jogo foi em Ijuí? Vocês sabem que o Grêmio pagou o São Luiz para jogar ano passado dentro da Arena, que era o jogo da estreia Suárez? Era fora, pagamos para jogar lá. O São Luiz pagou pra gente jogar lá neste ano? Pergunta para o Luciano (Hocsman). Sobre a minha não ida para lá, fiquei aqui treinando meu time, entrosando os jogadores que chegaram. Quero dar os parabéns ao São Luiz, foram muito melhores que o meu time. Sobre as medalhas, vou responder: foi uma atitude antidesportiva? Não. No momento que os jogadores saíram do campo houve uma confusão, tinha representantes do clube na saída e acharam melhor não ir para lá. Deixa eles comemorarem o título merecido deles — relatou Renato.
Outro representante do Grêmio que falou sobre o assunto foi o vice de futebol, Antônio Brum. Ele também não esteve em Ijuí e defendeu o treinador gremista.
— O Renato é um cara que respeita a hierarquia. A decisão de fechar o CT compete a uma parte técnica, mas não é uma decisão só do Renato, é uma decisão conjunta. A FGF dificultou o processo da Recopa. O jogo foi muito mal marcado, após um Gre-Nal, ainda mais em Ijuí. Achei muito infeliz a declaração do presidente da FGF após o jogo. Queria dizer que se ele se preocupasse tanto com a cerimônia da principal competição, não teria me entregado a medalha errada, de vice-campeão, que está lá em casa. Eu e mais alguns recebemos errado — disse.