Peço licença aos queridos leitores tricolores desta coluna e também ao Grêmio, mas precisamos falar de algo que está na pauta do futebol, mas é sobre humanidade. Daniel Alves, depois de ser provado culpado e condenado pela justiça espanhola por um crime de violência sexual a uma mulher, poderá cumprir o restante da pena em liberdade mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros.
O próprio Grêmio fez uma campanha acertadíssima, poucos dias atrás, chamada Assédio Zero, na qual, em uma partida, o Villasanti usou a camisa de número zero com a #zeroassedio. Obviamente foi pauta no Brasil inteiro.
O caso Daniel Alves desdobra um pouco tempo depois do técnico Cuca ter feito um discurso esclarecedor sobre suas acusações e se colocando junto na luta contra esse tipo de violência.
O que me deixa triste, além da impunidade frente ao dinheiro, é o fato de, em pleno 2024, nós estarmos criando uma jurisprudência absurda e anti-humanitária, principalmente na Espanha, que, além deste, protagoniza atos absurdamente racistas contra o jogador brasileiro Vinícius Jr. (e imaginamos que devem fazer com outros também). O que eu, como pai, filho, irmão e noivo posso fazer pra defender os meus desse terror? É lamentável!
E para quem pensa que isso não tem a ver com futebol, permita-me discordar, pois cada vez mais se cria um ambiente nada favorável para o real propósito do esporte. Sem inclusão e com violência, o futebol perde muito.
Enquanto isso, parabenizo mais uma vez o meu time pela campanha e espero que, com os últimos acontecimentos, outros times possam se inspirar e lutar contra a violência e o assédio no futebol. Vamos, Grêmio!