O Grêmio tem um novo centroavante. Na noite de quinta-feira (8), o Tricolor anunciou a chegada de Diego Costa, 35 anos, que estava sem clube desde a saída do Botafogo, onde atuou em 2023. O jogador irá disputar vaga na equipe titular com João Pedro Galvão e André Henrique.
Diego Costa disputou duas Copas do Mundo, em 2014 e em 2018, pela Espanha. De carreira vitoriosa na Europa, com passagens por Atlético de Madrid e Chelsea, entre outros, teve apenas 11 gols marcados nas últimas três temporadas.
Os números recentes do brasileiro naturalizado espanhol podem gerar uma desconfiança a respeito do quanto poderá contribuir para o ano gremista. Afinal, Diego Costa foi uma boa contratação para o Grêmio? Abaixo, a opinião dos colunistas de GZH:
Diogo Olivier
"Não entusiasma, pelo que não conseguiu fazer no Galo e no Botafogo, sendo reserva em ambos. Nem perto de Suárez, a eterna sombra, mas muito melhor do que JP Galvão.
É uma aposta boa, até por que o tempo estava passando e os nomes preferenciais (Funes Mori, Tiquinho) não fecharam. Se jogar um terço do que já jogou em seu auge, no Atlético de Madrid e no Chelsea, ajudará o Grêmio. Pode funcionar, mas dependerá dele se dar conta de que pode ser sua última chance."
Marcos Bertoncello
"A crítica que deve ser feita à direção do Grêmio não é por trazer Diego Costa, mas sim pela falta de convicção e o "modo desespero" ativado ao fazer essa contratação. O centroavante estava livre no mercado desde dezembro. Chegou a ser oferecido ao clube, o que foi rejeitado à época.
Sua carreira merece elogios. Trata-se de um jogador de elite. Porém, seus desempenhos recentes (Atlético-MG, Wolverhampton e Botafogo) não o credenciam para ser o substituto de Suárez. Na verdade, Diego Costa está chegando à Arena para ser o substituto de João Pedro Galvão. Por conta disto, a régua de comparação é bem mais baixa. Pode dar certo, mas hoje vejo muito mais um reforço para combater a escassez de reforços."
Leonardo Oliveira
"Diego Costa é o centroavante que estava disponível. Não era o que o Grêmio queria inicialmente. Se fosse o centroavante do topo da lista da direção Tricolor, já estaria treinando em Porto Alegre, inclusive teria participado da pré-temporada. Ficou claro que o Grêmio mirou outros nomes em uma prateleira mais alta e acabou indo apressado ao mercado, espremido pelo encerramento do período de inscrições do Gauchão.
É um risco. Apesar de ele ter um histórico e tanto, suas últimas atuações foram tímidas. É um jogador que não apresenta o mesmo nível técnico que tinha, por exemplo, em 2018, quando foi o centroavante da Espanha na Copa do Mundo da Rússia. É inegável seu retrospecto e seu currículo. Só que o currículo precisa estar em campo. O que não aconteceu nos últimos anos, principalmente pelo Botafogo, quando ele chegou para substituir Tiquinho Soares, que havia sofrido uma lesão. Coincidentemente, a partir dali, a equipe carioca teve problemas. Diego Costa é uma aposta alta do Grêmio, que demorou pra se mexer no mercado e ficou pressionado pelo tempo."