Após pedido do Cascavel de bloqueio da premiação do Grêmio no Brasileirão, outro clube do Paraná cobra pendência com o Tricolor. Desde o começo deste ano, o Foz do Iguaçu tem uma ação contra o Tricolor na Câmara Nacional de Resoluções de Disputas (CNRD) da CBF cobrando 30% da venda do atacante Pepê ao Porto. Uma proposta de acordo foi recusada e o tema deverá ser apreciado no órgão somente em 2024.
A transação feita em 2021 rendeu R$ 98,6 milhões pela cotação da época. O Foz alega que deveria receber o seu percentual, enquanto o Grêmio alega que existia uma comunicação de divisão da quantia com outras partes.
Após tentativas de cobranças apenas entre os clubes, os paranaenses ingressaram na CNRD, órgão criado pela CBF para discordância dos filiados sobre transações internas para evitar idas até a Fifa. Recentemente, o Tricolor fez uma oferta para parcelar o montante, mas a proposta não foi aceita.
— Estou afirmando: na CNRD, eles propuseram dividir em 12 vezes o valor que devem. Não aceitamos, pois tem a correção monetária e os juros e não quero em 12 vezes — resumiu Arif Osman, presidente do Foz do Iguaçu.
A expectativa é de que o caso seja analisado somente em 2024, após o período de férias da CBF. Condições de pagamento e até mesmo o valor corrigido podem ser determinados pela CNRD. Em paralelo, o Cascavel, clube formador de Bitello, pede o bloqueio da premiação do Brasileirão do Grêmio por conta de sua parte na venda do jogador ao futebol russo. São R$ 15 milhões solicitados dos mais de R$ 45 milhões previstos como retribuição pelo vice-campeonato nacional. É o mesmo advogado que move as ações: Nixon Fiori.