O técnico Renato Portaluppi deixou a Vila Belmiro decepcionado não com a atuação do Grêmio, mas com os erros cometidos por seu time na derrota de 2 a 1 para o Santos, na tarde deste domingo (20), pela 20ª rodada do Brasileirão. Apesar do placar, o treinador avaliou que o Tricolor teve uma boa atuação e deixou de matar a partida quando vencia com o gol de Cristaldo logo no primeiro minuto de etapa final.
— O Grêmio jogou bem, sim, contra o Flamengo, mas hoje (domingo) o Grêmio não jogou mal, o Grêmio jogou bem. O gol (segundo do Santos) a gente não podia ter tomado, é um gol que faltou atenção. Passei na preleção algumas coisas para eles, o que não foi feito no escanteio. Quando o jogador do Santos deu o “chutão” eu gritei que a bola não iria sair e meu time parou. Faltou atenção e foco. A bola pune. Fizemos o gol, tivemos outras duas chances claras e não matamos. O Santos teve poucas chances e fez — avaliou.
Renato ao longo da coletiva citou várias vezes o erro cometido pelos jogadores do Grêmio de pararem achando que a bola iria sair no lance do segundo gol do Santos. O técnico explicou que fez as mudanças no segundo tempo em razão do desgaste físico.
Sobre Galdino ter sido a opção para o lugar de Cristaldo com 1 a 0 - o que fez Bitello virar o meia central -, disse que o atacante precisava entrar para recuperar o ritmo de jogo.
— Intensidade a gente tem. Hoje não tínhamos dois jogadores importantes no nosso esquema, como Villasanti e Suárez. O Galdino precisa recuperar o ritmo de jogo, como o Luan e Iturbe precisam. Ali não era velocidade, o problema foi que a gente deveria ter caprichado um pouco mais quando teve as chances. Pagamos por um erro inadmissível e infantil no segundo gol do Santos — afirmou Renato, que revelou ter cobrado no vestiário e que seguirá ao longo da semana falando com os jogadores sobre o lance do segundo gol do Santos.
— O que eu mais cobrei deles no intervalo foi que a gente estava errando passes no último terço do campo com nosso meio passando da linha da bola. Também chamei atenção na bola parada. Chamei o atenção do Franco (Cristaldo) que tínhamos falta no lado da área e batemos rápido antes dos zagueiros chegarem. De uma falta que não foi batida na área, tomamos o gol. Eu ensino, eu mostro, eu falo, mas não posso entrar em campo e tomar a decisões por eles. As decisões são dos jogadores. Não é só aqui no Grêmio. Os treinadores ensinam, mas os jogadores tomam as decisões dentro do campo, treinador não joga — finalizou.