O jogo deste sábado, às 16h, é um reencontro entre Grêmio e Felipão. Uma parceria que colocou o Tricolor em outro patamar no futebol brasileiro na década de 1990, mas que não teve o rendimento esperado nos últimos dois encontros. Agora como adversário pelo terceiro clube, o atual coordenador técnico busca consolidar seu sucessor. Aos 74 anos, Luiz Felipe Scolari escolheu Paulo Turra para comandar o Athletico-PR. Por enquanto, um projeto de altos e baixos.
Turra passa por cobranças da torcida por um melhor rendimento. Apesar do título do Paranaense, de estar nas oitavas da Copa do Brasil e liderando seu grupo na Libertadores, o trabalho do ex-auxiliar do Grêmio não é unanimidade entre os torcedores.
O Furacão venceu 23 dos 31 jogos no ano, empatou três partidas e perdeu apenas cinco. Mesmo assim, surgiram rumores da consulta da direção do Athletico-PR por Fernando Gago, do argentino Racing. Mas o apoio de Felipão segue na manutenção do trabalho de Turra.
— Sabemos o que estamos enfrentando. Os torcedores, às vezes, não entendem que o objetivo final é mais importante que jogar bem. O Paulo (Turra) está começando, faz um trabalho muito bom — disse Felipão, após a vitória sobre o Libertad no início de maio.
A história de Grêmio e Felipão se misturam. O técnico é o segundo profissional que mais comandou a equipe na história. Seus 385 jogos só ficam atrás dos 448 de Renato Portaluppi. Com Felipão, o Tricolor conquistou a Copa do Brasil de 1994, a Libertadores de 1995, a Recopa Sul-Americana de 1996, o Brasileirão de 1996 e três Gauchões. Suas últimas passagens por Porto Alegre, porém, não foram positivas.
No final de 2014, após o fracasso da Seleção na Copa, deixou o clube depois de perder o Gauchão 2015. Felipão e Turra estiveram juntos no Grêmio em 2021, na campanha do rebaixamento. Na época, com Scolari como técnico e o ex-zagueiro como auxiliar. Eles comandaram o Tricolor em 21 partidas — aproveitamento de 47,6%.
Como adversário, Felipão enfrentou o Grêmio 14 vezes com o Palmeiras. Venceu seis, empatou seis e perdeu duas. Também teve dois empates pelo Criciúma, na decisão da Copa do Brasil de 1991.