O jogo contra o Athletico-PR nesta quarta-feira (10), às 19h, no Beira-Rio, marcará mais um duelo de Luiz Felipe Scolari com o Inter. Rival do Colorado nos tempos de Grêmio e também comandando equipes como Palmeiras, Cruzeiro e o próprio Furacão, o gaúcho agora vem a Porto Alegre como diretor técnico. GZH explica como é a nova função de Scolari na Arena da Baixada.
Felipão chegou ao Athletico-PR em maio do ano passado, inicialmente para exercer o cargo de diretor técnico, antiga função de Paulo Autuori. O clube paranaense, no entanto, passava por um momento de crise dentro do campo, e o treinador Fábio Carille tinha sido demitido. Nesse cenário, Luiz Felipe Scolari acabou assumindo o comando da equipe provisoriamente.
Com bons resultados, Felipão foi definido como o treinador do CAP para a reta final de uma temporada que o clube paranaense conseguiu chegar à final da Libertadores — acabou perdendo a decisão para o Flamengo. A equipe ainda foi até as quartas de final da Copa do Brasil e terminou o Brasileirão em sexto, garantindo uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores deste ano.
Apesar dos bons resultados, o plano de Felipão de deixar o comando da equipe foi mantido. O treinador, assim, assumiu a partir desta temporada a função para qual foi contratado, a de diretor técnico. Quem ficou responsável por treinar o Athletico-PR foi Paulo Turra, antigo auxiliar de Scolari.
Felipão é visto na casamata nos jogos da Libertadores por conta de um pedido do presidente do clube paranaense, Mario Celso Petraglia, para ele acompanhar a comissão técnica na competição internacional. O seu trabalho, porém, é nos bastidores, conforme explica a repórter Monique Vilela, setorista de Athletico-PR.
— O Felipão fica no banco apenas nos jogos da Libertadores por um pedido do Petraglia, mas pouco interfere no andamento das partidas. Diariamente, faz um trabalho de diretor, como era o do Paulo Autuori anteriormente. Ele é o técnico dos técnicos, o chefe de todos os treinadores do Athletico. Começa no sub-15, que é a primeira categoria, e vai até o principal — conta.
Caberá a Felipão, por exemplo, escolher um treinador caso Paulo Turra deixe o comando do time em algum momento. Não é ele, porém, quem define os jogadores que serão contratados nem participa da negociação dos contratos. Essa função cabe ao CEO Alexandre Mattos.
— O Felipão tem responsabilidade sobre o departamento médico, a fisiologia. Ele quem toma as decisões sobre os profissionais da área do departamento de futebol. Ele só não é o responsável pelas contratações, esse é o papel Alexandre Matos. Reforços podem passar pelo aval do Felipão, mas não é ele quem negocia as contratações — completa Monique.