Aposentado do futebol por conta de um problema cardíaco, o ex-volante Lucas Leiva segue tendo presença constante na rotina do Grêmio e nos treinos no CT Luiz Carvalho. Neste domingo (26), em entrevista ao Esporte Espetacular, da Globo, o atleta deu mais detalhes sobre os seus planos para o futuro. Ele deve ter uma função no departamento de futebol do Tricolor.
— Eu gosto mais da parte de gestão, é algo que me agrada bastante. Obviamente, tenho pouca experiência. Vou precisar me experimentar, me descobrir. A gestão, não só dentro de clube, mas de atletas, de carreira, é algo que me cativa. Mas, como falei, agora vou precisar analisar com calma, com a minha família, ver o que vai me dar prazer. Ver o que eu posso dar meu 100%. Com tranquilidade, vou decidir o melhor caminho — declarou o ex-volante ao repórter Bruno Halpern, da RBS TV.
O jogador explicou ainda o porquê de frequentar o dia a dia do CT, mesmo já aposentado.
— Na verdade, o clube me deixou muito à vontade, mas senti que deveria estar ali, acabei indo e estou indo. Até para me ajudar na decisão futura. Preciso sentir que o ciclo encerrou. Posso olhar de maneira diferente e ver se me sinto inserido naquele ambiente. Por mais que eu conheça, mas agora, olhando de um lado diferente. Acho que isso é importante para me dar uma noção se eu posso agregar em algo que seja útil para o clube — disse.
Diagnosticado com uma miocardite - uma inflamação no músculo do coração -, Lucas Leiva foi orientado pelos médicos a abandonar o esporte de alto rendimento por conta dos riscos para a sua saúde. Contudo, o ex-atleta poderá ter uma vida praticamente normal, inclusive desempenhando atividades físicas leves.
Na entrevista ao Esporte Espetacular, explicou como foi contar para os filhos sobre a necessidade de pendurar as chuteiras.
— Eu e a Ariana preparamos eles, porque sabíamos que a decisão seria de encerrar a carreira. É um momento difícil para eles também. Você explicar o lado bom para uma criança é difícil. Tentar ver o lado bom disso, de poder tratar, ter uma qualidade de vida futuramente. É um processo que estão passando, mas que vai servir de aprendizado para a vida, para o futuro — finalizou.