Após cair para a Série B com folha salarial que beirava os R$ 14 milhões, o Grêmio voltará à elite do futebol nacional com um gasto bem inferior. As reduções já foram conduzidas ao longo desta temporada e, a partir da saída de mais jogadores na virada do ano, o futuro presidente tricolor herdará um vestiário com custo mensal em torno de R$ 6,5 milhões.
— A folha do Grêmio era realmente muito alta. Ela foi reduzida e, no início do ano (2023), não vai ser uma folha que passe da metade do que era em 2021. Pode haver, claro, algumas saídas, vendas de algum jogador jovem se precisar fazer caixa. Tem jogadores com contratos um pouco maiores, mas que não são salários altos como no passado. Acho que isso está bem equacionado. O clube terá de ser preciso no mercado. Ao invés de contratar 15 jogadores, na minha opinião, tem que contratar menos. Jogadores que cheguem e possam vestir a camisa para formar uma espinha dorsal para este grupo — afirmou o executivo Diego Cerri na zona mista da Arena, após a vitória sobre o Brusque, na noite desta quinta-feira (3).
Apesar da projeção, o dirigente ainda não sabe se irá permanecer no clube na próxima temporada. Conforme apurou a reportagem, o profissional foi procurado pelo Santos recentemente, mas o movimento não foi feito por nenhum dos candidatos à presidência gremista, Alberto Guerra e Odorico Roman.
— Não tive contato, mas é importante frisar que vou ficar em Porto Alegre durante esse período, até que haja a eleição. Depois disso, preparei série de relatórios para que, quem entre, tenha caminho curto, independentemente da minha permanência ou não. Tive propostas de clubes de São Paulo, inclusive de Série A, e acabei não indo porque vou participar deste processo. Se for o caso de deixar o clube, saio pela porta da frente, com sentimento de dever cumprido e facilitando início da gestão — concluiu.
Cerri chegou ao Grêmio em junho de 2021, tendo conduzido o futebol na campanha que culminou na queda para a segunda divisão, mas também no retorno à Série A.