Ex-diretor de futebol do Grêmio, Sérgio Vazques foi entrevistado no programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta terça-feira (25). O dirigente, demitido do cargo em setembro, comentou a campanha gremista que culminou no acesso à Série A.
— Concordo que o Grêmio não jogou o esperado, mas em termos pragmáticos conseguimos os resultados. Ficamos 17 rodadas invictos. Muita gente falava que os outros times eram piores, mas nós tivemos muitas dificuldades. Nós não tivemos dinheiro para contratar os jogadores que queríamos. Alguns jogadores não quiseram jogar a Série B — destacou, justificando as contratações realizadas durante a temporada:
— Contratamos os jogadores possíveis. Tínhamos de baixar a folha de pagamento. Não foi eu ou o Denis que fez a folha. Nós tivemos de administrar. Para cada jogador que queríamos trazer, tínhamos de mandar um embora.
Sérgio Vazques admitiu o interesse em Alexandre Alemão, hoje no Inter. O nome do centroavante, que se destacou pelo Novo Hamburgo durante o Gauchão, chegou a entrar na pauta, mas o Tricolor acabou acertando, posteriormente, com Elkeson, que estava no futebol chinês.
— A gente sempre assiste futebol. Eu vinha acompanhando o Alemão. Citei várias vezes, mas a decisão sempre foi em conjunto. Apareceu o Elkeson. O pessoal achou melhor contratar o Elkeson, que podia dar mais resultado do que o Alemão naquele momento. Era um jogador com mais experiência — ressaltou.
Outro atleta procurado foi Pedro Raul, destaque do Brasileirão atuando pelo Goiás. A dificuldade em diminuir os custos, no entanto, acabou inviabilizando o acerto. Sérgio Vazques citou o caso do lateral-esquerdo Diogo Barbosa, que teve proposta para deixar o clube gaúcho, mas optou por permanecer.
— Houve também (interesse em Pedro Raul). Para trazer alguns jogadores, tínhamos de mandar outros embora ou emprestar. É difícil. Teve o Diogo Barbosa. Conseguimos mais do que a gente queria por ele. Poderia ter ido embora. Um clube ofereceu o dobro do que esperávamos, mas ele não quis ir para o Cuiabá. O que vamos fazer? Tem muita coisa que não podemos falar — pontuou.