A quinta passagem de Paulo Paixão pelo Grêmio foi encerrada na última quinta-feira (1º). Por decisão do presidente Romildo Bolzan, ele deixou o clube ao lado do treinador Roger Machado e dos demais integrantes da comissão técnica. Desde fevereiro, o profissional, multicampeão por onde passou, exercia o cargo de coordenador da preparação física.
Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta quarta-feira (6), Paixão falou novamente sobre sua saída do Tricolor. Mesmo com quase 50 anos de serviços prestados ao futebol brasileiro, ele admitiu a surpresa pela interrupção do trabalho.
— Se eu disser que não, vou estar mentindo, apesar de estar há bastante tempo no futebol. Digo que já vi de tudo, mas, na verdade, não vi nada. É um direito do empregador. No caso, do presidente Romildo. O momento, em que estávamos todos concentrados, nos pegou de surpresa, mas é um direito do empregador. Foi mais a surpresa pelo momento, mas é algo que sempre vamos respeitar — destacou.
O rebaixamento à Série B ainda traz consequências ao dia a dia do Grêmio, de acordo com Paixão. Desta forma, a sequência negativa de resultados na temporada — três derrotas e um empate — acabou aumentando a pressão externa por uma troca no comando técnico da equipe.
— O torcedor ainda está muito machucado com o rebaixamento. É uma cicatriz que só vai ser fechada a partir do momento que o clube voltar à Primeira Divisão. Então, qualquer resultado que não era do agrado, a cicatriz abria mais um pouco. O torcedor é emoção, mas em um quadro geral, deixamos o clube classificado. Isso é o que nos conforta. Agora é aguardar que o Renato conclua aquilo que foi iniciado — ressaltou.
Questionado sobre a relação com os jogadores do atual elenco gremista, Paixão foi só elogios:
— Existia um ambiente muito bom entre a comissão técnica e os jogadores. O que nos conforta é que saímos bem, sem nenhum tipo de problema.