O jogo contra o Grêmio, nesta sexta-feira (30), pode significar para o Sampaio Corrêa o cumprimento do objetivo da temporada, que é se manter na Série B. E uma das formas encontradas para engajar o torcedor a comparecer no Estádio Castelão é uma campanha pelas redes sociais que diz: "Recusamos milhões porque nossa riqueza é a torcida".
A publicação faz referência a uma entrevista concedida pelo presidente Sérgio Frota ao canal oficial do clube, há duas semanas, em que alega ter recebido oferta para vender o mando de campo.
— Eu recusei uma proposta de R$ 1 milhão para levar o jogo contra o Grêmio para Brasília e teve muita gente da diretoria que disse: "Presidente, não faça uma loucura dessas". Mas seria eu ir contra tudo que prego há mais de 15 anos, a valorização do futebol maranhense, em detrimento a outras praças, de times do Rio de Janeiro e São Paulo. Recebi uma ligação do executivo do Grêmio, Diego Cerri, que depois me passou para o Romildo Bolzan, que é o presidente, e eu falei: "Olha, eu não vou fazer isso (vender o mando de campo), mas eu quero lhe mostrar que isso é o futebol maranhense. O Sampaio está em uma Série B, mas não é este mar de rosas que todo mundo pensa — declarou o mandatário do clube.
Os dirigentes do Grêmio, por sua vez, confirmam o telefonema, mas negam que tenham feito qualquer oferta. Apenas tinham o interesse em saber se seria possível facilitar a logística da viagem para um local mais próximo de Porto Alegre.
— Houve, sim (a ligação). No sentido de facilitar nossa logística. Foi uma consulta para saber se eles tinham esse interesse. Não houve proposta de valor. No momento em que o mandante disse que não, o assunto foi enterrado. O resto fica por conta do folclore do futebol — explicou Romildo Bolzan.
Apesar da campanha para mobilizar a "torcida boliviana", como é chamada, o jogo da 32ª rodada não deve ter um grande público. Um boletim divulgado pelo clube maranhense ainda na quinta (29) dava conta de que apenas 5 mil ingressos haviam sido vendidos.
— Não estamos tendo o aporte que a gente acha que o time merecia. Esperamos em torno de 15 ou 20 mil pessoas, mas tem o problema das eleições. Muitos estão trabalhando, tem eleições. Tem gente que trabalha, são policiais, pessoas que estão envolvidas diretamente no processo, além dos que votam no Interior. Então, a expectativa é essa, que a torcida possa vir porque é um jogo diferente para nós. A gente pode praticamente selar nossa garantia na Série B e pensar um pouquinho mais na frente — comentou o diretor de futebol Francisco Elísio, em entrevista a GZH.
O recorde de público do Sampaio Corrêa nesta série B foi registrado na vitória sobre o Vasco, em julho, quando mais de 29 mil torcedores compareceram no Castelão.