Artilheiro, líder e referência técnica do Grêmio. É assim que Diego Souza entra em campo neste sábado, contra o CRB, em Maceió. Mas não será um jogo qualquer: titular absoluto desde que voltou ao clube, em 2020, ele completa 200 partidas com a camisa tricolor no Estádio Rei Pelé.
Aos 37 anos, o centroavante vive uma fase diferente e e especial na reta final da carreira. Após ser descartado para 2022, Diego viu a direção voltar atrás e aceitou o convite para ajudar o Grêmio na Série B.
E confirmou sua importância: é apontado por Roger Machado como peça fundamental e cogita seguir na Arena por mais um ano. Após subir aos profissionais do Fluminense como volante, utilizado como meia em sua primeira passagem pelo Tricolor, em 2007, ele se redescobriu como homem de área no Sport. E seus gols aproximam os gremistas do esperado retorno à Série A.
Do atual grupo de jogadores, ocupa com folga o posto isolado de artilheiro. Marcou 84 gols em 199 jogos. Ferreira, com 20, vem em segundo na relação. Também é terceiro jogador que mais vezes defendeu o clube do elenco. Vem atrás dos 366 jogos de Geromel e das 229 partidas de Kannemann.
O artilheiro do Grêmio, no entanto, quase não permaneceu para 2022. Preterido por Felipão, que pediu a contratação de Borja no ano passado, Diego Souza recuperou a titularidade na reta final do Brasileirão com Vagner Mancini. Marcou sete vezes em 14 partidas sob o comando do então treinador, mas a produção não foi o suficiente para salvar o clube do rebaixamento.
A direção queria um outro centroavante para começar a atual temporada, mas não conseguiu nenhum. Voltaram atrás nas críticas ao peso de Diego e viabilizaram o retorno do camisa 29 por mais um ano.
— Quando ele (Diego Souza) estava aqui, todo mundo queria que saísse. Agora que saiu, passou a ter admiradores. Um deles sou eu. Mas tivemos que tomar esse tipo de decisão pela análise do ano que passou. Diego é sensacional, muito bom jogador, mas está pesado, idade avançada. Na nossa forma de ver, não se enquadra nesse modelo que queremos implementar no Grêmio — afirmou o vice de futebol, Dênis Abrahão, em dezembro.
Por conta de lesões musculares, Diego Souza teve pouca participação no Gauchão. Fez nove dos 15 jogos do clube na competição, com quatro gols marcados. Por conta dos problemas físicos, também iniciou a Série B no departamento médico. Logo em sua estreia, mostrou a importância para a equipe. Marcou os três gols da vitória sobre o Guarani.
Em contato com ZH, o técnico Roger Machado exaltou a importância de Diego Souza no grupo. Além de ocupar o posto de referência ofensiva dentro de campo, o centroavante também é um dos líderes do grupo.
— Diego é uma das lideranças técnica e de vestiário do time. Conhece a área como poucos. Por ter jogado antes em outras posições, conhece e sabe se mover por outros setores do campo. É artilheiro e sempre deixa os zagueiros preocupados com sua presença dentro da área — avaliou.
O jogador ainda não tem futuro definido. Com contrato até o final deste ano, o centroavante de 37 anos afirmou que não deseja defender outro clube, mas também não descartou seguir em atividade. Em entrevista exclusiva à RBS TV, Diego afirmou que a camisa do Grêmio será a última que ele irá vestir até o fim da carreira.
— Não tenho mais vontade de jogar em outro lugar. Então, sem dúvida, a última equipe que vou atuar é o Grêmio. Se for mais um ano, se for final do ano, eu sou muito feliz aqui e espero que seja minha última equipe — completou.
Diego Souza soma 16 gols na temporada, 11 na Série B, e disputa a artilharia com Gabriel Poveda, do Sampaio Corrêa, que já marcou 12 vezes.
Além de ser a referência ofensiva, Diego também se destaca pela habilidade de servir os companheiros na competição. Deu quatro assistências, uma a menos do que Nicolas no ranking da equipe.