Apesar da expectativa de retorno de Ferreira para o jogo deste domingo contra o Bahia, a presença do camisa 10 do Grêmio não é certeza em Salvador. Conforme antecipado pelo colunista de GZH Eduardo Gabardo, o jogador não tem retorno garantido na próxima rodada da Série B. Na noite desta quinta (30), porém, o presidente Romildo Bolzan disse na Rádio Gaúcha que a informação que ele teve no CT do clube é de que o atleta deve viajar com a delegação para o Nordeste.
O atacante aumentou gradativamente as cargas de trabalho desde a volta após a cirurgia para a remoção da hérnia inguinal, em 11 de maio. A previsão inicial era de que o prazo de recuperação do procedimento levaria cerca de dois meses, mas Ferreira voltou aos treinos antes do esperado pela projeção dos médicos. Mas este retorno ainda não significa a utilização do jogador por Roger Machado.
Mesmo com a avaliação da comissão técnica de que o jogador apresentaria condições físicas para ser utilizado por alguns minutos contra o Bahia, o camisa 10 ainda relata que "não está confiante" e que sente um pouco de dor na região do púbis. O local é próximo do ponto onde foi realizada a cirurgia, em maio. A questão é tratada como natural por conta de toda a sequência de dificuldades com lesões de Ferreira na temporada.
Até por isso, a comissão técnica também quer ter toda a cautela e só contar com o atacante quando ele estiver com confiança para atuar. O cronograma de recuperação desde a cirurgia foi cumprido sem nenhum problema até o momento.
Nos dias seguintes ao procedimento, o jogador ficou em repouso absoluto. Começou com cargas leves de trabalhos físicos e atividades na piscina antes de iniciar os treinos no campo, no início de junho.
Após terminar a última temporada como um dos poucos jogadores de destaque na equipe, marcou dois gols e deu cinco assistências nas últimas oito rodadas do Brasileirão, Ferreira iniciou 2022 como a principal esperança da direção de ser o diferencial técnico para a disputa da Série B. Com o assédio do Flamengo nos bastidores, o Grêmio conseguiu encerrar uma novela que se arrastava desde a metade de 2021. O clube fez o anúncio da renovação de contrato do atacante com pompa, como se fosse a chegada de um reforço, e entregou a camisa 10 ao jogador.
Mas uma lesão muscular sofrida na terceira partida do time principal no ano atrapalhou de forma imprevisível o planejamento. Oficialmente, o problema que deu origem a todas as polêmicas foi uma distensão de grau um no músculo adutor da coxa direita, anunciada no dia 14 de fevereiro. Pessoas próximas ao jogador defendem que o clube não realizou o diagnóstico correto na época, e o problema seria mais grave. Após retornar para a disputa dos Gre-Nais das semifinais do Gauchão, com 38 dias de afastamento no departamento médico, a expectativa era de que o camisa 10 teria sequência para o restante do ano.
As dores seguiram incomodando o jogador, que participou da decisão do Estadual contra o Ypiranga, da estreia na Série B contra a Ponte Preta e da partida diante da Chapecoense. No dia 20 de abril, véspera do jogo contra o Guarani, o clube divulgou um comunicado anunciando que Ferreira não seria relacionado após relatar dores no músculo adutor da coxa direita. Mesmo que o exame feito pelo departamento médico não tivesse identificado lesão no local.
O jogador, mesmo sem autorização do clube, buscou um médico de sua confiança e realizou um tratamento com células-tronco. Ainda com dores na região, o jogador busca o médico Marcus Reusch, especialista em hérnia, no dia 10 de maio. Ferreira tem detectada uma hérnia inguinal, e é submetido a cirurgia no dia seguinte.
Mesmo com a informação do presidente de que Ferreira deve viajar, a expectativa de pessoas próximas ao camisa 10 é de que ele só esteja apto a jogar contra o Náutico, no dia 8 de julho, na Arena. A resposta o torcedor terá nesta sexta-feira (1).