A vitória sobre o Juventude ajudou a distensionar o ambiente no CT Luiz Carvalho. Outro ponto positivo foi que, sem jogos no meio de semana, o Grêmio ganhou sete dias para recarregar as baterias e treinar unicamente pensando no confronto da próxima segunda-feira (25), contra o Atlético-GO, no Estádio Antônio Accioly.
— Viemos de uns dias que, estando na zona de rebaixamento, o desgaste foi muito maior. Principalmente, mental. Em alguns jogos, tomamos um gol e tivemos que ir até o fim buscar o resultado e isso também gera um desgaste e um processo de recuperação mais lento para o próximo jogo. Chegamos contra o Juventude com um acúmulo grande de jogos. Graças a Deus, conseguimos passar essa etapa, ter uma semana para trabalhar e também recuperar os atletas para enfrentarmos o Atlético-GO mais tranquilos e zerados — comentou o preparador físico Reverson Pimentel, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Entre os “recuperados” citados por Pimentel está o centroavante Borja. Após sofrer uma ruptura parcial no ligamento do tornozelo esquerdo, o colombiano voltou aos trabalhos com bola nesta semana e integrará a delegação, que embarca para Goiânia na tarde deste domingo (24). No entanto, como ficou afastado por 20 dias, iniciará a partida no banco de reservas.
O mesmo não deve acontecer com Geromel. Apesar de ter sido liberado pelo departamento médico, tendo cicatrizado a fratura no dedo do pé esquerdo, o zagueiro permanecerá em Porto Alegre.
—O (Vagner) Mancini chegou ao clube com o departamento médico praticamente zerado. Os jogadores que estão lá tiveram um trauma e a gente já está liberando para que eles tenham condições de jogar em uma semana ou, no máximo, 10 dias — revelou o preparador físico — O Geromel por um tempinho maior, porque ficou cinco semanas parado, teve que ficar com o pé imobilizado, mas todos vão voltar aptos para ajudar a equipe nesta reta final. E estando bem fisicamente também. Então, a ideia é que semana que vem a gente zere todo o departamento médico e que todos estejam à disposição — completou.
A semana de atividades, sem partidas oficiais, também serviu para que Pimentel conhecesse melhor o novo comandante do vestiário gremista.
— Nunca tinha trabalhado com o Mancini. Trabalhei com um dos auxiliares que ele trouxe, o Lucas Itaberaba. Mas já conhecia a qualidade do trabalho do Mancini, que é um treinador intenso. E, quando o Grêmio começa a direcionar o treinador que vai contratar e o anuncia, eu procuro entender de que forma este treinador joga, porque já começo, nos aquecimentos e nos pequenos detalhes, a direcionar o time para o estilo que ele gosta — destacou ele.
Aliás, esta não foi uma novidade na temporada tricolor. Desde que chegou à Arena, em março deste ano, Reverson Pimentel já trabalhou com quatro treinadores diferentes: Renato Portaluppi, Tiago Nunes, Felipão e agora Vagner Mancini.
Por isso, teve que ir se adaptando a cada um deles e suas respectivas metodologias.
— Você tem uma linha de raciocínio, mas a principal virtude de um preparador físico é entender de que forma joga a comissão técnica, porque aí o trabalho entra como complemento. Se for ver, cada uma jogada em um formato, com estilo de atacar o espaço, de contra-ataque, de marcação-pressão e outra de posse de bola. Então, muda o trabalho de preparação física. Tem até estudos que apontam que o maior número de lesões musculares se dá nas trocas de comissões técnicas. Então, temos que ter sabedoria e inteligência para que não aconteça isso — confidenciou.
O Tricolor realiza na tarde deste domingo o último trabalho antes de viajar para Goiânia. O duelo com o Atlético-GO está agendado para as 20h desta segunda.