Em entrevista ao programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta quinta-feira (16), o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, comentou a situação envolvendo o Flamengo e o retorno do público aos estádios. Nesta madrugada, o clube gaúcho, com o apoio das demais equipes que disputam o Brasileirão, além da CBF, conseguiu que a liminar que dava aos cariocas o direito de atuar com os portões abertos fosse cassada.
— Nós tínhamos uma decisão dos 19 clubes que estipulou uma forma de voltar (com o público) no campeonato quando todas as praças pudessem recepcionar os torcedores. O protocolo seria com 25% da capacidade. Ocorre que o Flamengo tinha uma liminar, em um âmbito que computo fora do contexto. O Flamengo decidiu, lamentavelmente contra o Grêmio, distorcer o regulamento da Copa do Brasil — destacou.
O dirigente destacou a união dos clubes em prol de uma demanda que havia sido ajustada durante um conselho técnico, onde foram estabelecidos os critérios para o retorno do público. O Inter, por meio do presidente Alessandro Barcellos, foi um dos que manifestou apoio ao pleito do Tricolor.
— Com o apoio de todos, em uma grande articulação, fizemos um movimento jurídico. Foram vários movimentos que resultaram, nesta madrugada, na cassação dessa medida. Isso gerou um ambiente muito solidário dos clubes contra um movimento unilateral. Foi uma iniciativa muito ruim do Flamengo. Foi uma iniciativa soberba, que não levou a nada — pontuou.
Romildo também falou sobre o meia Jaminton Campaz. O colombiano recém-contratado permaneceu no banco nas duas últimas partidas do Grêmio. Na coletiva após o confronto contra o Flamengo, na quarta-feira (15), o técnico Felipão ressaltou que o atleta de 21 anos precisa passar por um período de adaptação antes de receber mais oportunidades.
— O Campaz chegou aqui, é bom que se diga, e foi jogar. Ele não teve, praticamente, uma preparação para o jogo contra o Flamengo. Ele é um jogador de 21 anos, com uma qualidade excepcional, mas que precisa de adaptação. Ele será titular do Grêmio logo em seguida, mas isso faz parte de um processo de adaptação que automaticamente vai ser superado. Não tem nada de indisciplina, muito longe disso — afirmou.