O Grêmio segue trabalhando para identificar torcedores envolvidos no violento protesto ocorrido na entrada do CT Luiz Carvalho na última quarta-feira (1). Uma força-tarefa trabalha avaliando imagens da manifestação para que todas as medidas cabíveis possam ser tomadas pelo clube e autoridades competentes.
Até o momento, além dos quatro torcedores presos em flagrante, outros oito já foram identificados. No âmbito interno, caso eles sejam associados, poderão ser excluídos do quadro social, após um processo que deverá passar pela comissão de ética do Conselho Deliberativo.
Na quinta-feira (2), o Ministério Público, por meio da Promotoria do Torcedor, ingressou com uma medida cautelar solicitando a suspensão das atividades da Geral do Grêmio. Esta e outra três torcidas (Torcida Jovem, Garra Tricolor e Rasta do Grêmio) já foram suspensas pelo clube. Como ainda não é permitido o acesso do público aos estádios, essa punição interna apenas proíbe que elas não apresentem seus materiais nas arquibancadas nos próximos jogos na Arena. A tendência é de que o pedido do MP se estenda às demais organizações.
Sobre a proibição do ingresso destes torcedores identificados nos atos de vandalismo em jogos na Arena quando o público retornar aos estádios, até agora, apenas os quatro presos estão impedidos de acessar às arquibancadas. Os demais dependerão de uma determinação judicial ou até que o processo tramite em julgado.
A possibilidade de o Grêmio acionar os torcedores identificados para cobrar os prejuízos causados ao clube e funcionários não está descartada, mas é mínima.
— Se identificados os arremessadores das pedras, e se eles tiverem patrimônio, vamos cobrar — afirma o diretor-jurídico gremista, Nestor Hein.
Os incidentes da última quarta estão sendo investigados pela 4ª Delegacia de Polícia, sob responsabilidade da delegada Laura Lopes.