O Grêmio já escolheu o substituto de Matheus Henrique, negociado com o Sassuolo, da Itália. Trata-se do paraguaio Mathias Villasanti, do Cerro Porteño. O jogador de 24 tem negociações avançadas com o clube gaúcho e deve ser anunciado ainda nesta semana. Espera-se que na Arena ele forme dupla de volantes ao lado de Thiago Santos na tentativa de recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro.
Villasanti buscará em Porto Alegre repetir o sucesso que outros paraguaios tiveram com a camisa gremista ao longo da história. Nas duas conquistas mais recentes da Libertadores, em 1995 e 2017, o Tricolor sempre teve um jogador do Paraguai como titular. GZH recorda cinco atletas paraguaios que passaram pelo Grêmio, confira.
1. Arce
Assim como Villasanti, Arce veio do Cerro Porteño para Porto Alegre. Outra curiosidade também envolve os dois: o antigo lateral-direito, hoje aos 50 anos, era treinador de Villasanti na equipe de Assunção.
Com a camisa gremista, Arce tornou-se um dos principais laterais da história do clube. Levantou as taças do Campeonato Gaúcho (1995 e 1996), da Libertadores (1995), do Brasileirão (1996), da Recopa Sul-Americana (1996) e da Copa do Brasil (1997). Foi eleito o melhor jogador da posição no Campeonato Brasileiro de 1996, quando também foi considerado o melhor lateral-direito da América – feito repetido no ano seguinte.
2. Rivarola
Catalino Rivarola também deu seus primeiros passos como profissional no Cerro. Antes de assinar com o Grêmio, no entanto, defendeu o Talleres-ARG. Chegou à Capital em 1995 e logo de cara assumiu a titularidade ao lado de Adilson Batista. Por aqui, conquistou os mesmos títulos do seu parceiro de seleção paraguaia. Deixou o clube em 1998, quando assinou com o Palmeiras.
3. Diego Gavilán
Adivinhe onde Gavilán começou a carreira? Isso mesmo, no Cerro Porteño. Mas foi apenas quase uma década depois que ele veio parar no Grêmio – antes disso, aliás, teve duas passagens pelo Inter, entre 2003 e 2005.
Desembarcou no Estádio Olímpico em 2007. Na sua única temporada como atleta gremista, foi campeão gaúcho e ajudou a equipe a chegar à final da Libertadores, perdendo a decisão para o Boca Juniors. Ainda permaneceu no Brasil no ano seguinte, rodando por Flamengo e Portuguesa, sem sucesso.
4. Cristian Riveros
Finalmente um paraguaio revelado em outro clube. Volante da seleção nacional, Riveros começou no Cristóbal Colón. Estava no Kayserispor, da Turquia, quando foi buscado pela direção gaúcha. Sua chegada, assim como a de Villasanti, foi para repor a saída de um volante revelado pela base e vendido ao futebol europeu: Fernando, negociado com o Shakhtar Donetsk.
Em 2013, formou trio de volantes ao lado de Ramiro e Souza, sob comando de Renato Portaluppi. Conquistou a torcida por sua entrega dentro de campo e também pela boa chegada ao ataque, marcando gols e dando assistências. Deixou a Arena em 2015, quando voltou ao Paraguai para defender o Olimpia.
5. Lucas Barrios
Aqui, uma curiosidade: Lucas Barrios nasceu em San Fernando, na Argentina, e nunca atuou em clubes paraguaios. Conseguiu a cidadania daquele país por conta da mãe, que nasceu por lá. Isso se deu em 2010, com apoio da federação de futebol local, para que o centroavante pudesse disputar a Copa do Mundo.
Antes de chegar ao Grêmio, rodou pela América do Sul e Europa, com destaque para a passagem pelo Borussia Dortmund, da Alemanha. Veio cedido pelo Palmeiras, que à época havia contratado o colombiano Borja, hoje atleta gremista.
Com a camisa tricolor, foi o artilheiro da temporada de 2017 e um dos destaques no tricampeonato da Libertadores. Foi dele o gol sobre o Botafogo que garantiu o clube na semifinal. Não teve o contrato renovado e assinou com o Argentinos Juniors em 2018. Hoje atua pelo Defensa y Justicia.