Foi intensa, eficiente e com vitória a estreia do paraguaio Villasanti vestindo a camisa do Grêmio. Mesmo com menos de uma semana de trabalho no CT Luiz Carvalho, o volante contratado junto ao Cerro Porteño permaneceu no gramado durante os 90 minutos diante do Cuiabá, nesta quarta-feira (18), no Mato Grosso. E um fator que poderia complicar sua primeira atuação parece ter sido superada: ao longo da partida, teve no meio-campo as parcerias sendo modificadas em função de lesões. Começou o duelo ao lado de Thiago Santos e Maicon. Ainda no primeiro tempo, o capitão foi substituído por Lucas Silva, substituído no intervalo por Jean Pyerre após ter sofrido uma pancada no joelho esquerdo.
Apontado como substituto de Matheus Henrique, vendido ao futebol italiano, Villasanti demonstrou características diferentes do seu antecessor. Foi o sexto jogador gremista que mais tocou na bola, mesmo que não tenha sido mantido até o final por Felipão. Terminou com 27 passes certos em 31 tentados – neste quesito, esteve atrás até mesmo de Jean Pyerre, que só foi chamado na segunda etapa.
Se Matheus Henrique, antigo titular, atuava como um volante mais centralizado, muitas vezes ocupando os espaços na intermediária, Villasanti mostrou-se um atleta de mais movimentação. Pelo mapa de calor montado pelo site SofaScore, é possível ver que ele correu por todo o campo quase de forma igual. Na imagem abaixo, os pontos amarelos representam onde o ex-Cerro Porteño mais esteve.
Na parte defensiva, apareceu com um pouco mais frequência pelo lado direito. Já do meio para a frente, apareceu quase da mesma forma nas três faixas do campo.
Se pela estreia o paraguaio pareceu um jogador de muita movimentação e pouca condução e toques na bola, sem a posse ele deixou uma boa impressão. De acordo com o FootStats, ele liderou o time em desarmes, com três acertos em quatro tentativas. Número semelhante ao de Thiago Santos, que desarmou a mesma quantidade, mas teve um aproveitamento mais baixo – três em cinco.
Além do alto índice de acerto nas roubadas de bola, foi eficiente para não fazer faltas, terminando a partida com apenas uma registrada contra si. Sua pior estatística foi na perda de posse: cedeu a bola ao adversário cinco vezes, mais do que qualquer outro meio-campista.
Os números
- Passes: 27 certos, 4 errados
- Desarmes: 3 certos, 1 errado
- Faltas cometidas: 1