Precisando vencer de maneira urgente para deixar a lanterna do Brasileirão, o Grêmio entrará em campo, às 19h desta quarta-feira (7), contra o Palmeiras. Para superar o time paulista, fora de casa, o técnico interino Thiago Gomes apresentará uma novidade.
De acordo com informação publicada por Eduardo Gabardo em sua coluna em GZH, o lateral-direito Vanderson aparecerá no meio-campo, como extrema-direita. Relembre outros casos em que jogadores gremistas foram improvisados.
Alessandro
Meses depois de deixar a Série B, o Grêmio chegou à final do Gauchão de 2006. Do outro lado, encarava um Inter amplamente favorito e que seria campeão do mundo posteriormente. No duelo de ida, para surpreender o tradicional adversário, o técnico Mano Menezes apresentou uma armadilha: armou duas linhas de quatro (no sistema 4-1-4-1), com o lateral-direito Alessandro escalado no meio-campo.
A improvisação rendeu o resultado esperado, e o Tricolor segurou o ímpeto colorado no Estádio Olímpico, empatando por 0 a 0. Alessandro, inclusive, foi expulso naquela partida, depois de brigar com o zagueiro colorado Fabiano Eller.
Wellington
No duelo de volta, no Beira-Rio, Mano repetiu a receita — mas do outro lado do campo, com o lateral-esquerdo Wellington. Desta vez, o Inter até conseguiu sair na frente, com gol de Fernandão, mas o atacante Pedro Júnior, que ingressou na etapa final, deixou tudo igual no marcador: 1 a 1. Graças ao gol marcado fora de casa, a festa foi tricolor.
Lúcio
No Brasileirão de 2007, Mano Menezes voltaria a escalar um lateral mais adiantado durante um Gre-Nal. E foi com gol de Lúcio, logo aos sete minutos de partida, que o Grêmio venceu o clássico na casa do inimigo, por 2 a 0. O outro gol seria marcado por Diego Souza.
Esta não foi a única vez que Lúcio atuou improvisado. Em 2010, sob o comando de Renato Portaluppi, ele seria efetivado de vez na função. Escalado do lado esquerdo do losango que formava o meio-campo gremista, o jogador foi o "motorzinho" que levou a equipe ao ataque e ajudou o clube a trocar o Z-4 pela zona de classificação à Libertadores.
Gabriel
O bom desempenho de Lúcio no meio-campo fez Renato Portaluppi seguir suas experiências na temporada seguinte. Na Libertadores de 2011, ao perder Douglas, acometido por uma gripe, o técnico gremista não teve dúvidas e escalou o lateral-direito Gabriel na função de camisa 10 diante do Oriente Petrolero, na Bolívia. A surpresa, no entanto, foi negativa, com uma derrota estrondosa por 3 a 0.
Marcelo Oliveira
Atual coordenador técnico do Grêmio, Marcelo Oliveira escreveu seu nome na história do clube ao atuar como lateral-esquerdo na campanha do título da Copa do Brasil de 2016. Um ano antes, porém, foi improvisado em diferentes funções pelo técnico Luiz Felipe Scolari.
Durante o Gauchão de 2015, o jogador chegou a formar dupla de zaga com Rhodolfo e, em outras vezes, apareceu como volante, vestindo a camisa 5. Foi assim, por exemplo, na surpreendente derrota por 1 a 0 para o Veranópolis, dentro da Arena. Antes de se aposentar, foi fixado na zaga.
Léo Moura
Em 2017, Renato Portaluppi indicou a contratação do experiente lateral Léo Moura. Multicampeão com o Flamengo, o jogador disputaria posição com o titular Edilson ao longo daquela temporada. Porém, na largada do ano apareceu aberto pelo lado direito do meio-campo. A improvisação deixou de ser feita depois de o Tricolor ser eliminado nos pênaltis pelo futuro campeão gaúcho, o Novo Hamburgo, na semifinal do torneio estadual.
Rafael Galhardo
Depois de ter passado pelo Grêmio em 2015, Galhardo retornou à Arena em 2019 para ser uma reposição à lateral direita, que tinha Léo Moura como titular. No entanto, o jogador acabou sendo improvisado como extrema em três ocasiões no Brasileirão daquele ano: no empate por 1 a 1 com o Inter, no Beira-Rio, no empate por 0 a 0 com o CSA, em Maceió, e na derrota por 3 a 1 para o Flamengo, no Maracanã. Neste último jogo, inclusive, marcou o gol de honra do Tricolor, de pênalti.