Após a derrota do Grêmio para o Sport, por 1 a 0, na Ilha do Retiro, o técnico Tiago Nunes foi questionado sobre a escalação de Paulo Victor entre os titulares. O treinador gremista defendeu a utilização do goleiro de 34 anos, que substituiu Brenno, afastado por conta do diagnóstico de coronavírus, e pediu respeito com o atleta que está no Tricolor desde 2017.
— Temos que ter muito cuidado. Nós temos jogadores jovens (Adriel e Gabriel Chapecó) em desenvolvimento, mas uma coisa que eu sou extremamente contrário é o tal do cancelamento. É algo que acontece com muito frequência. O Paulo Victor é um goleiro experiente, com rodagem por grandes clubes. Foi contratado em um momento importante do Grêmio e teve boas atuações. Oscilou também, mas merece respeito. Sou totalmente contrário quando se especifica um jogador como culpado — afirmou.
Visivelmente contrariado, Tiago Nunes não concordou com a opinião de um repórter de que Paulo Victor tenha falhado no gol sofrido pelo Grêmio. No lance, Sander cobrou falta na entrada da área. A bola desviou em Diego Souza, que estava na barreira, o que atrapalhou o goleiro gremista.
— O desvio do Diego Souza tira totalmente a referência do Paulo (Victor) na bola. Foi uma bola muito próxima da área. Ele pode ter falhado em outros lances, mas nesse ele não falhou — pontuou.
Tiago Nunes também falou a respeito das oportunidades dadas aos jogadores mais jovens, citando vários atletas que estão ganhado sequência na equipe.
— É um ponto de vista muito tendencioso e até oportunista (dizer que os jovens não estão sendo utilizados). Nós temos jogadores jovens sendo titulares. Temos o Brenno. Temos o Ruan, que foi titular no Gauchão. No meio-campo também temos jovens como o Matheus Henrique e o Jhonata Robert. Temos o Ferreira, o próprio Luiz Fernando, que também é jovem. O Ricardinho entra em todos os jogos. Tem ainda o Bobsin. Fora os jogadores aproveitados em outros momentos como o Léo Pereira e o Guilherme Azevedo — elencou.
O comandante do Tricolor explicou o aproveitamento de alguns jogadores na equipe de transição, casos do lateral-esquerdo Guilherme Guedes e do volante Fernando Henrique, como forma deles adquirirem ritmo para, futuramente, receberem chances no elenco profissional.
— Os atletas da transição fazem parte da equipe profissional. A transição é uma categoria ao elenco profissional. Todos os jogadores que estão lá fazem parte do profissional. É quando se fala em um processo de amadurecimento e desembolso, você tem que colocar os atletas em ritmo de jogo. E ritmo de jogo só se ganha jogando. Eles precisam estar em desenvolvimento — finalizou.