O Grêmio decidirá nesta quarta-feira (14) o seu futuro na Libertadores. Como perdeu o jogo de ida, no Paraguai, por 2 a 1, o Tricolor precisa vencer o Independiente del Valle na Arena, por 1 a 0 ou mais de um gol de diferença, para chegar à fase de grupos. A situação lembra a vivida exatamente 10 anos atrás, quando despachou o Liverpool-URU, no Estádio Olímpico, também em etapa preliminar do torneio continental.
Naquela ocasião, o meia-atacante Vinicius Pacheco foi o personagem da partida, entrando ainda no primeiro tempo e marcando dois gols na vitória, de virada, por 3 a 1.
— Foi muito legal, fizemos um grande jogo. A torcida do Grêmio é apaixonante, com aquela avalanche, me marca até hoje como o torcedor joga junto da equipe. Eu entrei aos 35 minutos do primeiro tempo, em uma situação adversa. O time estava perdendo de 1 a 0 e, logo depois, o André Lima fez um gol de cabeça. Depois, consegui fazer dois gols. Foi um jogo memorável, pude homenagear a chegada do meu primeiro filho, que está completando 10 anos em junho. Então, foi um jogo especial, que guardo com muito carinho até hoje. Fiz outros bons jogos, mas esse foi o principal, pela importância da partida. Com certeza, foi minha grande apresentação com a camisa do Grêmio — comentou o ex-jogador, em entrevista a GZH.
Revelado na base do Flamengo, Pacheco chegou ao Grêmio por indicação do técnico Renato Portaluppi, que também comandava o Tricolor naquela época. A confiança foi tanta que o atleta vestiu a histórica camisa 7, que estava vaga desde a saída de Jonas para o Valencia, da Espanha. Porém, sua estadia em Porto Alegre não durou muito tempo — ele saiu na metade do ano transferido para o Estrela Vermelha, da Sérvia.
— A expectativa era muito grande. Eles (dirigentes) contavam com o Ronaldinho (negociava com o Grêmio, mas foi para o Flamengo). No início, atuei em muitos jogos, mas depois caiu um pouco a minha sequência de oportunidades. O clube vivia um momento difícil, com carência de títulos, e o Inter estava conquistando muita coisa. Havia muita cobrança, e nós também perdemos o Campeonato Gaúcho para eles. Isso complicou um pouco. Hoje, o ambiente é muito melhor, a estrutura do clube também. O elenco é forte e propicia que um jogador chegue de um eixo diferente, como eu, e se adapte mais facilmente — comenta.
Apesar de ver evoluções no clube ao longo da última década, Vinicius ressalta que a missão de agora é um pouco mais complicada do que aquela de 2011. Naquele confronto contra os uruguaios, o Tricolor vinha de um empate por 2 a 2 no jogo de ida, em Montevidéu. Ainda assim, ele aposta na classificação gremista nesta quarta contra o Del Valle.
— Tenho alguns amigos aí, como o Maicon, Diego Souza, Paulo Victor e David Braz. O elenco é muito forte, e a vantagem não é significativa. O Grêmio faz gol em praticamente todos os jogos. Dificilmente não fará gol na quarta-feira. Então, é uma situação totalmente reversível, e tenho a convicção de que o Grêmio vai passar — completou.