Diego Souza, 35 anos, artilheiro do Grêmio na temporada de 2020 e titular do comando de ataque, nem sempre gostou da função que desempenha atualmente no Tricolor. Até 2016, sua polivalência terminava na última linha do meio de campo. Uma convocação de Tite para a Seleção Brasileira o fez experimentar o peso da "camisa 9", ou posição de centroavante. Quando voltou ao Sport, encontrou em André a parceria que precisava para adaptar-se ao novo desafio.
— Não conseguia ficar muito lá (na frente) sem tocar na bola, dependendo dos companheiros. Gostava de jogar um pouco mais de frente — relembrou Diego, no programa Bem, Amigos!, do SporTV, nesta segunda-feira (5):
— No Grêmio, peguei uma equipe mais pronta, onde você joga em cima dos adversários. Isso facilitou porque gosto de finalizar. Consegui me adaptar e encontrar meu espaço.
Os 28 gols marcados em 54 jogos da temporada passada elegeram Diego uma das melhores contratações da Era Renato Portaluppi no Grêmio. Questionado pela idade, o centroavante mantém regularidade e consegue descansar quando o técnico escala o time alternativo. No Gre-Nal 430, nesse sábado (3), ele passou em branco, mas deixou o campo apenas aos 36 minutos do segundo tempo, dando espaço a outros talentos do ataque gremista.
— Gostamos desses jogos. Terminamos com nove jogadores da base, mas todos estão acostumados com essa pressão da força dessa camisa, e todos tem responsabilidade e confiança para fazer o seu papel. E eles fazem porque têm qualidade e merecem estar onde estão — comentou.
Questionado sobre uma eventual parceria com outro atacante de características parecidas perto da área adversária, como foi com Ricardinho no Gre-Nal, Diego não rechaçou a possibilidade de voltar ao posicionamento anterior, mas desde que em situações específicas de jogo. As opções de Renato para superar as dificuldades impostas por cada partida podem colocar outro jogador na função de 9, e o ex-volante voltaria à armação.
— Dentro do jogo, sempre acontece alguma variação tática e, às vezes, o Renato coloca dois centroavantes para vencer uma partida. Já joguei de meia, posso encostar no meio-campo e ter uma chegada boa na área. Isso não é o normal, mas sempre que precisa a gente tenta pressionar o adversário, aproveitar os cruzamentos e a última bola, com dois centroavantes — analisou.
Diego e o Grêmio estão em Quito, no Equador, onde o Grêmio encara o Independiente del Valle, na quarta-feira (7). O jogo de ida começa a decidir quem avança para a fase de grupos da Libertadores.