De um problema no passado, o Grêmio parece ter encontrado uma solução para resolver as pendências em sua lateral direita: recorrer às categorias de base. O resultado está na ascensão de destaque de Vanderson. Aos 19 anos, o novo xodó da torcida tem convencido com suas atuações e deixou o banco de reservas para se tornar o titular da posição.
Vanderson subiu ao profissional no final de 2020. Depois da lesão e saída de Orejuela, ele passou a ser o substituto de Victor Ferraz. A estreia ocorreu no final de dezembro, diante do Atlético-GO. O primeiro gol na partida seguinte, contra o Bahia, na Arena, deu ainda mais confiança. Na temporada 2021, tem sido o titular em todos os jogos.
Mas recorrer a soluções caseiras e dar oportunidades aos jovens ainda parece ser uma barreira a ser superada nos clubes. Este cenário, por exemplo, pode ser uma das explicações para a escassez de revelações nesta posição. Desde ascensão de Paulo Roberto, o Coelhinho, entre os anos de 1981 e 1983, as última revelações voltaram a ser observadas somente a partir dos anos 2000. GZH relembra alguns dos últimos nomes que foram lançados pelo Grêmio na lateral direita.
Mário Fernandes
Mário Fernandes é um dos nomes de mais destaque quando se trata de revelações do Grêmio na lateral direita. Ele chegou a Porto Alegre para a base, vindo do São Caetano. Naquele mesmo ano de 2009, foi promovido aos profissionais sob o comando de Paulo Autuori, quando também chegou a atuar como zagueiro.
O início de carreira foi um tanto quanto conturbado. Mário enfrentou um período depressivo e até mesmo pensou em abandonar o futebol. Em 2011, virou holofote após não se apresentar para defender a Seleção Brasileira no Superclássico das Américas.
Eleito o melhor jogador da posição no Brasileirão, foi negociado para o CSKA Moscou, onde segue até os dias atuais. O sucesso no país fez com que ele se naturalizasse, tendo já defendido a Seleção Russa em Copa do Mundo.
Felipe Mattioni
Revelado pelo Grêmio, Mattioni atuou nos profissionais do Grêmio entre 2007 e 2008. As atuações seguras, mesmo aos 18 anos, chamaram atenção do futebol do exterior.
Em 2009, foi negociado com o Milan, na época um dos clubes mais poderosos da Europa, e que contava com outras estrelas do futebol brasileiro como Ronaldinho Gaúcho, Alexandre Pato e Kaká.
No Milan, atuou somente entre janeiro e junho de 2009 até ser emprestado ao Mallorca, da Espanha, para ganhar experiência. Na temporada seguinte, em virtude da crise financeira do clube, se transferiu o Espanyol. No exterior, ainda rodou pelo Everton e Doncaster Rovers, ambos da Inglaterra.
No retorno ao Brasil, passou por Boa Esporte, Veranópolis, Juventude e Coritiba. Na temporada passada, chegou ao Novo Hamburgo. Atuou no primeiro semestre no Gauchão e depois defendeu o São José na Série C do Campeonato Brasileiro. Em 2021, está de volta ao clube do Vale dos Sinos.
Raul
Raul ganhou notoriedade no Grêmio após ser um dos destaques na Copa São Paulo de 2015. Mas as expectativas acabaram não se concretizando no clube.
O jogador, que chegou até as seleções de base do Brasil, subiu para o profissional com Felipão, mas não chegou a ser testado. Seguiu jogando apenas no time de transição, até que em 2018 foi negociado com o Figueirense. No negócio à época, o Tricolor ainda manteve 50% dos direitos.
Atualmente, o lateral está atuando pelo Vitória da Conquista por empréstimo do Cascavel. Aos 23 anos, já soma no currículo passagens por Corinthians, Figueirense e Bangu, do Rio de Janeiro.