O Campeonato Gaúcho é sempre palco de grandes histórias, seja com promessas surgidas na aldeia, ou de jogadores mais experientes, que buscam retomarem suas carreiras pelos pagos do Rio Grande do Sul. Em anos anteriores, nomes como Sandro Sotilli, Elton, Anderson Pico, Chiquinho e Eduardo Martini voltaram para o Estado para recuperarem o futebol, mas também para ajudar as equipes do Interior em busca de um título gaúcho que não ocorre desde 2017, quando o Novo Hamburgo bateu o Inter na decisão do campeonato.
Em 2021, as equipes também voltaram a se reforçar com nomes já conhecidos pelo Estado, pelo Brasil e também pelo mundo, tem até filho de tetracampeão mundial com a Seleção e jogador que está de volta ao Rio Grande do Sul depois de 17 anos.
Confira as estrelas do Interior
Felipe Mattioni, lateral-direito do Novo Hamburgo
Formado no Grêmio em 2007, surgiu como uma das principais promessas do futebol brasileiro na lateral, o que acabou fazendo com que fosse vendido ao Milan, da Itália, em 2008, tendo jogado apenas 19 partidas com a camisa do Tricolor. Na Europa, peregrinou entre Itália, Espanha (onde defendeu o Mallorca e o Espanyol) e a Inglaterra, onde passou pelo Everton sub-21 e pelo Doncaster Rovers.
Em 2017, voltou ao Brasil para defender o Boa, de Minas Gerais, para a Série B, Copa do Brasil e a segunda divisão do Campeonato Mineiro. Retornou ao Rio Grande do Sul na temporada seguinte, quando defendeu as cores do Veranópolis no Gauchão e posteriormente o Juventude na Série B do Brasileirão. Na última temporada, jogou pelo Novo Hamburgo e pelo São José, mas para 2021 retornou ao time do Vale do Sinos.
Romarinho, atacante do Novo Hamburgo
Romário de Souza Faria Filho. Esse nome pode ser familiar para quem lê. Romarinho, como é conhecido, é filho de Romário, camisa 11 e herói do Brasil na conquista do tetracampeonato mundial em 1994 com a Seleção, nos Estados Unidos. Formado no Vasco, o atacante virou praticamente um andarilho do futebol. O filho do "Baixinho" teve passagens por Brasiliense, Figueirense, Tupi, Joinville e Maringá, antes de chegar à Região Metropolitana. O jogador também tentou a sorte na segunda divisão do Japão, mas não obteve sucesso.
Léo Príncipe, lateral-direito do São José
Com 24 anos, o defensor já tem em sua galeria de troféus a conquista do Brasileirão de 2017, quando defendia a camisa do Corinthians. O jogador dividiu sua formação nas categorias de base entre o Vasco, o Flamengo e o Timão, quando disputou, inclusive a Copa Sul-Americana.
Na temporada de 2019, foi emprestado pelo time paulista para o Le Havre B, que disputava à época a divisão nacional na França. Pelo continente europeu, fez apenas seis partidas e acabou retornando para o Brasil, onde defendeu o Guarani, o Paraná e o CRB, seu último clube antes de ser contratado pelo São José para disputar o Gauchão de 2021.
Juninho Tardelli, meio-campista do Esportivo
O sobrenome não é mera coincidência. Juninho é irmão mais velho de Diego Tardelli, atacante que teve passagem pelo Grêmio na temporada de 2019 e não deixou saudades na torcida gremista. Aos 37 anos, o meia vai para o seu oitavo Gauchão, já tendo defendido o extinto Porto Alegre, que era da família Assis Moreira, o Ypiranga, o Cruzeiro de Porto Alegre e mais recentemente o Esportivo, clube onde está atualmente.
Na temporada passada, já em Bento Gonçalves, o jogador chegou a marcar dois gols no campeonato, mas acabou fraturando a fíbula da perna direita e não jogo mais durante toda a sequência do ano. Tardelli é a referência da equipe do Esportivo, que almeja brigar por algo maior no Gauchão.
Neto Baiano, atacante do Aimoré
O atacante é o verdadeiro andarilho do futebol brasileiro. Aos 38 anos, o atacante baiano está de volta para a disputa do Gauchão de 2021 após 17 anos. Ainda em 2004, teve uma passagem relâmpago pelo Beira-Rio, atuou em duas partidas da primeira fase e, depois de ser titular em um Gre-Nal, aceitou uma proposta para atuar no Becamex Binh Duong, do Vietnã.
Depois disso, Neto ainda defendeu mais 19 equipes, algumas de renome no cenário nacional, casos do Palmeiras, Athletico-PR, Goiás, Vitória e Sport. Além de ter experiência internacional, pois atuou no Japão e na Coreia do Sul. Antes de chegar a São Leopoldo, Neto Baiano jogou a temporada passada no Brasiliense, do Distrito Federal, e no Treze, da Paraíba.