O sonho do hexa da Copa do Brasil do Grêmio foi adiado. Em 180 minutos do confronto decisivo contra o Palmeiras, o time gaúcho nunca esteve em vantagem. Na Arena, perdeu por 1 a 0, mesmo tendo jogado parte da partida com um jogador a mais. Neste domingo (7), a derrota foi por 2 a 0, em São Paulo. GZH aponta os 10 principais motivos para que o time de Renato Portaluppi tenha sido amplamente superado pelo adversário.
1) Resultado do primeiro jogo
Embora a direção tenha ressaltado que decidir longe de casa não era um fator determinante, fez a diferença. Ter de correr atrás do resultado fora de casa foi um problema para o Grêmio. A derrota por 1 a 0 na Arena, jogando boa parte de jogo com um jogador a mais, fragilizou o time de Renato Portaluppi para a partida em São Paulo.
2) Necessidade de correr riscos
Em desvantagem, o Grêmio precisou correr riscos desde o começo da partida de volta. A postura agressiva abriu espaços para o Palmeiras explorar a velocidade de Wesley e Rony. No meio-campo, Maicon e Matheus Henrique não conseguiram parar Felipe Melo, Zé Raphael e Raphael Veiga.
3) Zaga amarelada cedo
A postura ofensiva e a superioridade numérica do Palmeiras no meio expuseram a dupla de zaga gremista. Ainda no primeiro tempo, Paulo Miranda e Kannemann receberam cartão amarelo e ficaram pendurados na partida, evitando jogadas mais bruscas no decorrer do jogo.
4) Ausência de Pedro Geromel
Jogar caçando os atacantes adversários não é um problema com Geromel e Kannemann em campo. Quando um deles está ausente, especialmente Geromel, a defesa passa por apuros. Não foi diferente na Arena Palmeiras neste domingo, mesmo que Paulo Miranda tenha tido boa atuação. A temporada de 2020 foi amarga para o capitão gremista, que registrou o seu menor índice de presenças em campo desde sua chegada ao clube. Foram diversas lesões, e uma delas o tirou da final.
5) Dúvida no gol
Vanderlei foi o titular durante toda a temporada. Porém, para as finais da Copa do Brasil, Renato Portaluppi reconduziu Paulo Victor ao gol. Durante todo o jogo deste domingo, o goleiro não demonstrou segurança, tornando difíceis defesas fáceis. Falhou nos dois gols.
6) Pepê abaixo do esperado
Um dos principais nomes do Grêmio na temporada, Pepê quase não apareceu nos 180 minutos da decisão — não conseguiu nenhuma finalização enquanto esteve em campo. As vitórias pessoais quase não existiram. Esteve longe de ser o jogador que custou 15 milhões de euros ao Porto. Outra individualidade do time, Jean Pyerre, vive uma fase não ruim que perdeu sua vaga entre os titulares.
7) Mudanças ineficientes na escalação
Os sinais de que o time não ia bem vinham há algum tempo. Porém, Renato Portaluppi insistiu na mesma escalação do time por algum tempo. A situação se tornou insustentável após o 1 a 0 sofrido no primeiro confronto. Ainda novato, Vanderson precisou ser titular no jogo da volta. O garoto foi participativo, embora os dois gols tenham saído no seu lado. Faz parte do futuro Tricolor. Outro escolhido, Thaciano também apareceu com constância, mas não fez a diferença.
8) Demora para mexer
O 0 a 0 do primeiro tempo do jogo de volta não servia ao Grêmio. Mesmo assim, o time voltou do intervalo com a mesma escalação que iniciou a partida. Ferreira, cotado para ser titular, só foi utilizado quando o Grêmio levou o primeiro gol.
9) Falta de fôlego
Mais uma vez, o time não teve forças para manter o ritmo durante os 90 minutos. A equipe até teve intensidade no início, mas a energia foi murchando pouco a pouco, e o Palmeiras passou a controlar a partida. Quando levou o primeiro gol, o Grêmio não mostrou força suficiente para pressionar.
10) Superioridade técnica do Palmeiras
Durante todo o confronto, o Palmeiras exerceu maior controle sobre o Grêmio. No momento, o time de Abel Ferreira é mais bem treinado do que o Tricolor de Renato Portaluppi, além de ter um elenco mais forte. No segundo tempo, o português colocou em campo jogadores como Patrick de Paula, Willian, Gabriel Menino e Mayke. As alternativas do comandante gremista foram Ferreira, Jean Pyerre, Guilherme Azevedo e Diego Churín.