Com a confirmação da venda de Pepê para o Porto, o Grêmio realizou uma das maiores vendas de sua história. De acordo com os valores informados pelos dois clubes envolvidos na transação, a negociação concluída na tarde desta quinta-feira (18) só fica atrás de Arthur e Everton Cebolinha — outros dois garotos revelados na gestão de Romildo Bolzan.
Para que o atleta gremista assinasse o contrato de cinco anos com os portugueses, foi paga uma quantia de 15 milhões de euros (quase R$ 98,6 milhões). Deste montante, 70% pertencem ao Tricolor — ou seja, 10,5 milhões de euros (pouco mais de R$ 69 milhões). Os 30% restantes são do Foz do Iguaçu, do Paraná, que o formou. Além disso, o Tricolor ainda receberá 12,5% de mais-valia, que diz respeito ao lucro obtido de uma venda futura.
Em agosto do ano passado, o antecessor de Pepê na equipe titular, o atacante Everton, se transferiu para o Benfica mediante 20 milhões de euros (R$ 128,2 milhões pela cotação da época), pagos à vista. Assim, mesmo tendo uma fatia menor do passe do jogador (65%), o Tricolor arrecadou 13 milhões de euros (R$ 83,3 milhões). Dividiram-se para receber o resto: Fortaleza, o empresário Gilmar Veloz e o investidor Celso Rigo.
A maior venda da história gremista, no entanto, segue sendo a de Arthur para o Barcelona, em 2018. Recém campeão da Libertadores como protagonista, o jovem meio-campista foi comprado pelos catalães por 30 milhões de euros (R$ 140 milhões). Além disso, foram adicionadas ao contrato um plano de metas que permitiram ao clube gaúcho lucrar mais 2 milhões de euros (R$ 8,8 milhões) — participação em 10 jogos e título espanhol. Posteriormente, em junho de 2020, a ida do atleta para a Juventus ainda rendeu uma nova bolada ao Tricolor (em torno de R$ 15 milhões), por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa.
Confira as cinco maiores vendas da história do Grêmio:
Arthur — Barcelona: 30 milhões de euros (R$ 142 milhões*)
Everton — Benfica: 20 milhões de euros (R$ 128,2 milhões*)
Pepê — Porto: 15 milhões de euros (R$ 98,6 milhões*)
Pedro Rocha — Spartak Moscou: 12 milhões de euros (R$ 45,2 milhões*)
Tetê — Shakhtar Donetsk: 10 milhões de euros (R$ 42,5 milhões*)
*valores convertidos pela cotação do real na época da venda