Por mais que não admita priorizar uma das competições, o Grêmio deve preservar muitos titulares, senão todos, diante do Atlético-GO, neste domingo (27), pelo Brasileirão. E, neste time praticamente reserva que entrará em campo na Arena, um jogador será observado mais de perto: Alisson.
Na última quarta-feira, contra o São Paulo, o atacante foi relacionado pela primeira vez após mais de dois meses afastado dos gramados. Mas, não chegou a ser mandado a campo pelo técnico Renato Portaluppi. Este fim de semana, porém, ganhará um status de laboratório. Caso não inicie como titular, poderá ingressar no decorrer da partida para readquirir ritmo de jogo. O planejamento da comissão técnica é tê-lo à disposição para o duelo de volta da semifinal da Copa do Brasil o mais próximo do ideal.
— Alisson é o colchão tático do Grêmio. Sustenta, quando na melhor forma, a marcação menos intensa oferecida por Jean Pyerre e tem, ele mesmo, boa chegada na frente. Mas não creio que comece no Morumbi por conta competitividade que o jogo vai exigir — analisa o comentarista Maurício Saraiva.
O interessante é que a temporada do atacante de 27 anos parece estar destinada a cruzar o caminho são-paulino. Foi justamente contra o time de Fernando Diniz, em um empate por 0 a 0, no dia 17 de outubro, válido pela 17ª rodada do Brasileirão, que ele realizou sua última apresentação.
Logo no início do jogo, sofreu um pisão no tornozelo direito, desferido de maneira involuntária pelo volante Tchê Tchê. Visivelmente descontado, o atacante seguiu em campo, até ser substituído na volta para a segunda etapa. No retorno a Porto Alegre, teve diagnosticado um estiramento ligamentar de grau 2.
— Uma arbitragem desastrosa, incapaz, e... Ficamos por aqui neste momento. Não deu dois pênaltis, não expulsou dois jogadores do São Paulo, não criou uma condição de domínio da partida nem coibiu a violência, e deu no que deu — esbravejou o presidente Romildo Bolzan Júnior, naquela ocasião, pelas redes sociais.
Apesar de ter marcado apenas dois gols nos 32 jogos realizados em 2020, Alisson se mostrava importante sob outros atributos. Naquele momento, por exemplo, era o garçom do time, com sete assistências para gols. Além disso, exercia um papel tático, marcando a subida do lateral rival.
Sem o seu antigo titular da ponta direita, Renato passou a testar outros jogadores na função. Na maioria das vezes, Luiz Fernando foi incumbido de atuar por ali, em outras coube ao garoto Ferreira e, por fim, Thaciano foi escalado em uma tentativa de ressuscitar a figura de Ramiro.
— O meio-campo é o motor do carro, é muito importante. E o Thaciano fez muito bem o papel dele. Nós sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, ele teria que sair e aí eu usaria o Ferreira, como usei — explicou Renato após a vitória sobre o São Paulo.
Preservações
A tendência é que muitos titulares sejam deixados de fora neste fim de semana contra os goianos. Geromel e Victor Ferraz, que sentiram desconfortos musculares na coxa, são dúvida até mesmo para o compromisso na capital paulista. Assim, o garoto Rodrigues pode entrar no rol dos preservados.
De certo, apenas as presenças de Luiz Fernando e Pinares, que não podem atuar pela Copa do Brasil e serão usados no Brasileirão sem remorso algum.