O técnico Renato Portaluppi surpreendeu na escalação para o jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, contra o São Paulo, na quarta-feira (23). A escolha por Thaciano aberto pela direita, com a presença de Ferreira no banco de reservas, foi questionada por alguns torcedores.
Após o jogo, o treinador explicou a opção. De acordo com Renato, apesar de ter feito a jogada do gol de Diego Souza, Ferreira ainda "é um jogador verde" e rende melhor quando entra durante a partida. Além disso, a justificativa foi de estratégia, já que Thaciano poderia ocupar mais o setor de meio-campo e dificultar a criação de jogadas do São Paulo.
Por isso, GZH ouviu três colunistas, que responderam à pergunta: "Renato acertou ao escalar Thaciano e deixar Ferreira no banco contra o São Paulo?". Confira as respostas:
"A melhor escolha seria começar com Ferreira para preocupar Reinaldo, o maior assistente do São Paulo. Mas a escolha por Thaciano não chega a ser um erro do treinador. Ele pensou pragmaticamente e deu relativamente certo até o intervalo. Nos primeiros 15 minutos do segundo tempo, com Thaciano em campo, o Grêmio não viu a bola, o que só mudou com o ingresso de Ferreira".
"O Renato pensou no jogo da seguinte forma: o ponto forte do São Paulo é o meio-campo. Numericamente, eu tenho de andar muito parecido com eles, e depois tentar equilibrar. Conseguiu, apesar de ter corrido riscos. Em certa altura do jogo, o treinador mudou a estratégia. O empate já não seria bom negócio, era preciso arriscar, e fez isso com Ferreirinha. Foi bem sucedido. Sendo bem sucedido, só tenho uma coisa a dizer: Renato acertou".
"Não considero um erro a escolha de Renato por Thaciano. Houve uma explicação, ao meu ver, plausível por parte do treinador, detalhando a estratégia pensada para o jogo: preenchimento do meio-campo e uma preocupação que o time paulista pudesse controlar as principais ações da partida a partir do setor. Além disso, existem outros dois elementos que não considero menos importantes: conter os avanços do lateral Reinaldo e ainda um outro pouco explorado até então. O Grêmio, após a eliminação para o Santos, perdeu confiança, era fundamental que essa confiança fosse retomada com uma vitória. Isso ajuda a compreender a estratégia inicial mais cautelosa. Embora entenda que Ferreira acrescente mais ao time, não podemos desconsiderar jamais as diversas circunstâncias que compõe uma preparação para um jogo dessa magnitude. Agora resta saber se, no Morumbi, Renato montará uma estratégia para preocupar o São Paulo, jogando com Ferreira, ou de se preocupar com o São Paulo, jogando com Thaciano".