Pepê, 23 anos, autor de três gols que renderam sete pontos nas últimas quatro partidas do Grêmio, incluindo o do Gre-Nal 428, no sábado (3), na Arena, é mais um dos atacantes de lado de campo que segue os conselhos de Renato, segundo o próprio técnico. Para azar dos gremistas, o clássico do Brasileirão terminou em 1 a 1, por conta de pênalti cometido por Bruno Cortez, parceiro de Pepê no flanco esquerdo do gramado. O lateral ainda foi expulso minutos depois.
— O Cortez é um jogador importante, tem ajudado bastante. Os grandes também falham, é normal no futebol — protegeu Renato, na entrevista coletiva após o jogo — Teve infelicidade no lance do pênalti e na expulsão, mas é o que falo para vocês: tem dia que é noite e tem noite que é dia — minimizou o técnico.
Renato demonstrou publicamente sua confiança no lateral que é titular do Grêmio desde 2017, quando o Tricolor conquistou a Libertadores. Em 2020, Caio Henrique tomava seu lugar no time quando foi chamado de volta para o Atlético de Madrid. Agora, a concorrência é com Diogo Barbosa, contratado que já é pedido pela torcida. O técnico pediu calma ao torcedor:
— De cabeça quente é assim. Depois do jogo todo mundo toma banho e esfriar a cabeça. Por isso também que dou folga no dia seguinte, para pensarem melhor. O jogador sabe quando erra.
Por outro lado, a boa fase de Pepê rendeu o reconhecimento de Renato. Segundo o técnico, a cobrança é elevada porque o jogador pode corresponder à ela em campo.
— Cobro bastante dele porque sei do potencial dele. Como fazia com o Cebolinha, por isso a evolução muito grande deles. E eu procuro passar toda a minha experiencia para eles, ate porque eu também fui atacante — comentou Renato.
Se nas vitórias gremistas em clássicos as provocações no vestiário tem como alvo o lado vermelho do Estado, o gol que abriu o placar na Arena deu liberdade para o atacante do Grêmio brincar com o próprio técnico:
— Eu peço tranquilidade para ele (Pepê) e para os outros atacantes dentro da área. Depois de fazer o gol de hoje, (sábado) até me sacaneou: “Está vendo minha tranquilidade?”, me perguntou. Eu sempre falo para eles que o desespero tem que ser do adversário, a gente tem que ter a tranquilidade para fazer o melhor movimento.