Maior ídolo da torcida gremista, Renato Portaluppi estava de saída da Arena. O ano era 2013 e o treinador já havia comunicado que deixaria o clube após o término do Brasileirão. Disputando uma vaga para a Libertadores do ano seguinte, o Grêmio tentava ao máximo evitar que o nome do possível substituto vazasse para a imprensa. Em mais um capítulo da série de matérias que recorda profissionais que quase atuaram na Arena, GaúchaZH conta detalhes da situação envolvendo Gilmar Dal Pozzo.
Embora seja catarinense, Dal Pozzo era um velho conhecido do futebol gaúcho. Atuando como goleiro, foi campeão estadual em pleno Estádio Olímpico com o Caxias em 2000. Quando investiu na carreira de técnico, aliás, nunca escondeu sua inspiração em Tite. E era este perfil que fazia com que seu nome fosse sugerido internamente, no Conselho de Administração gremista, para dar início à temporada de 2014.
Além disso, o treinador, que já tinha trabalhado em equipes como Veranópolis e Pelotas, chamava a atenção pelo projeto com a Chapecoense, que subiu da terceira para a primeira divisão nacional.
— Não houve procura do Grêmio. O discurso é que nós só vamos conversar a partir do fim do campeonato. Foi isso que acertei com o Gilmar. Houve procura de dois clubes da primeira divisão — declarou Titi, empresário do treinador, em entrevista à Rádio Gaúcha na ocasião.
A verdade é que o nome de Gilmar Dal Pozzo nunca foi unanimidade nos bastidores da Arena. Sendo assim, a aposta para abrir 2014 e encarar até mesmo a Libertadores foi Enderson Moreira, que havia se destacado no ano anterior ao levar o Goiás até a semifinal da Copa do Brasil. Ele acabaria deixando o cargo após sete meses de trabalho.