O interesse do Fluminense por Renato Portaluppi pode forçar o Grêmio a buscar uma nova alternativa no mercado. O cogitado é Gilmar Dal Pozzo, técnico que classificou a Chapecoense para a Série A em 2014. A direção, focada na decisão contra o Goiás, domingo, não aceita falar neste momento sobre possibilidade de modificação no comando.
Ex-jogador do Grêmio, Rodrigo Gral teria sido contatado ontem por um representante do clube para fornecer detalhes sobre as características de Dal Pozzo. O superintendente Antônio Carlos Verardi nega que tenha sido ele o emissário.
- Até gostaria de cumprimentar Rodrigo Gral pela grande campanha feita na Chapecoense. Mas não falei com ele, posso assegurar - disse Verardi.
A contratação de Dal Pozzo, 44 anos, com passagem também por Veranópolis, Pelotas e Novo Hamburgo, se adequaria ao perfil financeiro traçado pela direção para a próxima temporada. Na Chapecoense, seu salário é de R$ 35 mil mensais. No Grêmio, trabalharia com o preparador físico Anderson Paixão e o auxiliar técnico Lucianinho, ex-atacante do Veranópolis. A projeção é de que o custo de toda a comissão técnica seja bem inferior ao que é pago a Portaluppi.
Ao investir em um treinador formado no Interior, o Grêmio reeditaria o ocorrido em 1975, com Ênio Andrade, 1987, na primeira passagem de Luiz Felipe Scolari, 2000, com Tite, e 2005, com Mano Menezes. Dos quatro, apenas o primeiro não conquistou títulos pelo clube, mas teve o trabalho elogiado.
A primeira opção, contudo, é Renato Portaluppi. Mas será decisivo para sua permanência manter o atual salário e, com isso, encaixar-se na política de contenção proposta pela direção. Renato garante que jamais tratou de questões financeiras com a direção.
- Os números estão partindo da boca de outras pessoas. Da minha, não saiu nada. O que as pessoas estão falando ou escrevendo é mentira - rechaçou.