No dia 16 de julho, mas no distante ano de 1972, estreava na equipe principal do Grêmio um grande jogador, que viria a ser devidamente reconhecido com o tempo. Refiro-me a Iúra, ídolo da torcida gremista. E, percebam que tornou-se ídolo, sem ter conquistado grandes títulos, na medida em que foi apenas campeão gaúcho em duas oportunidades.
Mas, cativou a torcida. Soube honrar a gloriosa camiseta tricolor. Jogou numa época em que nosso tradicional adversário vivia grande fase. No entanto, foi vencedor histórico de alguns Gre-Nais. Foi o autor do gol mais rápido em clássicos, feito que permanece até hoje. Foi também autor de um golaço, ajudado pelo vento, numa fantástica goleada dentro do Beira-Rio, num clássico inesquecível.
Iúra não admitia perder, sendo que as vezes até exagerava na defesa das cores gremistas, enfrentando adversários em qualquer circunstância. Entrava e saía de campo de cabeça erguida, com a missão cumprida. Deixava seu suor e muitas vezes seu sangue pelas cores do clube. Quando faz 48 anos de sua estreia, senti-me no dever de homenagear este grande ídolo tricolor. E muito me honra ter sua amizade e encontrá-lo nos jogos e eventos do Grêmio.
Se, eternamente, o tricolor tivesse no seu elenco 11 "Iúras", jamais seria derrotado. Além do grande jogador, era valente, raçudo e vendia muito caro a possibilidade de ser derrotado.