O ano de 2006, talvez o mais vitorioso da história do Inter, afetou obviamente o Grêmio. Em Porto Alegre, os colorados fizeram a festa pela conquista da Libertadores em agosto e do Mundial em dezembro. O que amenizou a vida dos gremistas foi o título gaúcho, que foi conquistado dentro da casa do rival, algo raro na história.
O Grêmio vivia sua primeira temporada depois da Batalha dos Aflitos. O retorno à elite do futebol brasileiro foi marcado pela manutenção de direção, time e técnico para fazer frente no Brasileirão, o que acabou ocorrendo. O Tricolor foi terceiro colocado no campeonato nacional, com 67 pontos, ficando atrás de Inter e São Paulo, este campeão.
A última partida do Grêmio em 2006 foi no Ceará, enfrentando o Fortaleza, no estádio Presidente Vargas. A equipe perdeu por 1 a 0, e o técnico Mano Menezes mandou a campo: Galatto; Patrício, Maidana, William e Bruno Teles; Sandro Goiano, Alessandro, Lucas, Tcheco e Hugo; Pedro Júnior. Entraram ainda Rafinha, Ramón e Aloísio. Esta partida ocorreu 14 dias antes de Inter x Barcelona.
— A nossa temporada foi muito positiva. Acabou ofuscada com os títulos do Inter. Mas o importante era fazer o Grêmio consolidar-se na primeira divisão. Nossa campanha foi muito boa. E claro que nossa conquista do Gauchão coroou nosso ano e deu também alegria ao torcedor gremista — recorda Patrício.
O ponto alto da temporada gremista foi justamente terminar o ano afirmando que "se o mundo é vermelho, o Rio Grande do Sul é azul". Com um empate em 1 a 1 contra o Inter, em pleno Beira-Rio, o Grêmio sagrou-se campeão estadual pelo gol qualificado, isto no mês de abril. Para se ter uma ideia, o Tricolor quebrava uma marca: não levantava o título na casa colorada desde 1980. Na oportunidade, o Gre-Nal acabou empatado sem gols e a taça ficou com os gremistas.