Autor do gol do título da Copa do Brasil de 1994, o ex-atacante gremista Nildo iniciou nesta quarta-feira (20) a distribuição de 120 cestas básicas a famílias carentes atingidas pela pandemia de coronavírus no Pará e Rio Grande do Sul. A ação havia sido anunciada pelo ex-jogador que, para arrecadar fundos, colocou à venda suas faixas e medalhas de campeão conquistadas pelo Grêmio.
— Hoje (quarta-feira) doei para funcionários do Pará Clube, que é um clube social do qual sou sócio aqui em Belém. Amanhã (quinta), vou doar para os funcionários do Remo. Na sexta, para os do Paysandu e Tuna Luso. Estamos em lockdown aqui em Belém, e a gente sabe que os salários dos funcionários atrasa às vezes. Então, pensei: por que não doar um pouquinho para eles e amenizar isso? — comentou o próprio Nildo em entrevista à GaúchaZH.
Segundo ele, os últimos itens (as medalhas da Copa do Brasil e da Libertadores, além da faixa da conquista continental) foram adquiridos pela Casa Tricolor, que reúne um grupo de 40 torcedores gremistas em Porto Alegre. Antes, ele já havia vendido a faixa do Campeonato Gaúcho de 1995 para a um membro do consulado de Imperatriz, no Maranhão, a faixa da Copa do Brasil de 1994 para um outro torcedor gaúcho e a camisa do goleiro Higuita, trocada na final da Libertadores de 1995, para um homem em Medellín.
— Foi um golaço. A princípio, eu não queria divulgar isso na imprensa, mas fiquei sabendo que muitas outras pessoas levaram a minha ação como um incentivo. Esse era o meu objetivo. Primeiramente, ajudar aos menos favorecidos e, depois, tocar no coração das pessoas que têm apego a bens materiais para se desfazerem de coisas que podem dar uma nova vida a outros. E sei que essas peças, onde estiverem, serão bem cuidadas — explica.
Além dos clubes de futebol da capital paraense, as cestas básicas serão distribuídas a membros de uma igreja frequentada por Nildo, e a moradores da cidade de São Marcos, na serra gaúcha.
— Um grupo de jogadores amadores fez um time do Grêmio e me convidou para ir a uma festa do consulado aí. Fui muito bem tratado e fiz amizade com o pessoal. Não que eu não tenha sido bem tratado em outros consulados, mas criei uma afinidade com eles. Então, é bom dividir um pouquinho em cada lugar — explicou o ex-atacante.