Goleiro não costuma fazer gol, mas Paulo Victor chamou a atenção nessa semana por um golaço marcado em uma ação social. O jogador do Grêmio doou 250 cestas básicas para sua cidade natal, Assis, no interior de São Paulo. Em entrevista exclusiva ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, o jogador falou do seu gesto, mas também comentou sobre o momento difícil para o futebol e sua temporada no Tricolor.
Sobre sua doação a Assis, Paulo Victor fez questão de ressaltar que o momento pede gestos grandes para aqueles mais necessitados. Ele admite saudades do futebol e comenta a situação da paralisação do futebol mundial.
— Momento que jamais pensamos que iríamos passar. Faz a gente valorizar os pequenos detalhes da vida, aproveitar mais a família. Sentimos falta do dia a dia do trabalho. Existe uma apreensão muito grande para todos. Sobre Assis, tenho uma ligação muito forte com a cidade. Tenho um projeto lá chamado PV 48, que ajuda cerca de 2,4 mil crianças no futebol. São oito campos espalhados que recebem crianças carentes. É importante sempre ajudar, repartir. E agora, neste momento, qualquer ajuda é bem-vinda — comentou Paulo Victor.
O goleiro do Grêmio também avaliou seu momento no clube, agora reserva de Vanderlei.
— O futebol é dinâmico. Eu cheguei, esperei dois anos e fui titular no ano passado. Agora estou no banco e só podemos mudar as coisas com o trabalho. É um incômodo porque todos querem estar jogando sempre. O Vanderlei tem atuado bem. A disputa sempre tem de ser em prol do Grêmio. Vou esperar minha vez — projetou.
Além disso, Paulo Victor não deixou de responder as questões sobre as críticas da torcida, principalmente no ano passado.
— A cobrança com respeito é válida. Fica chato quando o pessoal apela para xingamentos. Enquanto eu vestir a camisa de grandes clubes, vou levar isso pra vida toda. É da profissão. O que é importa é dar a volta por cima — concluiu.
Além disso, Paulo Victor contou como está encarando a rotina de confinamento em casa durante a pandemia do coronavírus:
— Fiquei em Porto Alegre desde o início da quarentena. Montei uma mini academia em casa para manter a forma. Estamos em férias atípicas, mas faz parte de todo o contexto.