Diante da paralisação do futebol no mundo inteiro por conta da pandemia de coronavírus, o Grêmio suspendeu as atividades do seu grupo profissional em 16 de março. Ainda sem previsão de retorno das competições ou mesmo da rotina de treinos, os atletas, que estão de férias até 20 de abril, cumprem de casa uma série de exercícios para tentar manter a forma. Aqueles que estavam entregues ao departamento médico, no entanto, precisam tomar cuidados específicos longe do CT Luiz Carvalho. Casos do lateral-direito Leonardo Gomes e do zagueiro Marcelo Oliveira.
Os dois mantêm contato diário com os fisioterapeutas Gustavo Cardoso, Luiz Peres e Thiago Albuquerque. Agora, as sessões ocorrem por chamadas de vídeo. A dupla ganhou trabalhos específicos para o período de isolamento. O lateral tem retorno aos gramados previsto para dois meses, enquanto o zagueiro, fora há mais de um ano, já se preparava para voltar ao campo nas próximas semanas.
Léo Gomes e Marcelo receberam dos fisioterapeutas microciclos de trabalhos físicos. Um treino similar ao que seria aplicado nas dependências do clube, mas reduzido, afim que pudesse ser realizado dentro de casa. Os exercícios foram dissecados um a um, em fotos, para melhor entendimento e absorção. Sem trabalho clínico, o foco está em força, potência, corrida (na esteira ou bicicleta) e academia.
Em paralelo, o departamento médico do Grêmio desenvolveu um aplicativo para ajudar no acompanhamento da propagação do coronavírus. A cada dois dias, os 35 atletas do elenco precisam responder a um questionário de contato com outras pessoas, sintomas mais comuns e outras perguntas. De acordo com o assinalado pelos jogadores, os médicos Márcio Dornelles e Paulo Rabaldo entram em contato direto com o atleta que precisa de cuidados.
A comissão técnica acredita que, mesmo em casa, os lesionados não devem atrasar muito o período inicial de recuperação. A maior preocupação no momento é maior. Afinal, até quando os treinamentos diários longe dos gramados devem continuar?