Mandante do primeiro Gre-Nal pela Libertadores, o Grêmio espera mais de 50 mil pessoas na Arena nesta noite de quinta-feira (12). Mas este cenário de estádio lotado pode mudar a partir das próximas rodadas do torneio devido à proliferação do coronavírus pelo continente. Quem admite é o presidente tricolor.
Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Romildo Bolzan Júnior disse que não foi comunicado pela Conmebol sobre atuar com portões fechados, mas não descarta essa possibilidade futuramente.
— Preocupa a situação de que Argentina e Paraguai recomendaram a realização de eventos sem públicos. Se isso for um gesto de responsabilidade sanitária, a Conmebol poderá tomar uma atitude neste sentido. É uma situação que está na pauta. Se acontecer, será ruim para todo mundo, mas nessa hora se privilegia a saúde das pessoas. Acho que essa discussão vai ficar bem forte e, da forma como as coisas estão acontecendo, podemos ter ausência de público ou suspensão de eventos — declarou.
A manifestação de Romildo diz respeito ao jogo entre Olimpia e Defensa y Justicia em Assunção, nesta quarta, com portões fechados. Caso essa determinação seja aplicada a todos os países, o segundo Gre-Nal, marcado para o dia 8 de abril, no Beira-Rio, pela quarta rodada da fase de grupos, corre o risco de ser jogado sem a presença de torcedores. Outra possibilidade é o adiamento da partida, repetindo a decisão tomada pela Conmebol sobre as primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022.
Para o clássico desta quinta, a situação é mais amena. Mesmo estando a poucas horas de uma partida histórica, o presidente gremista manifestou um certo ar de tranquilidade.
— O tempo faz a gente ficar mais cascudo com esse negócio. Rolando a bola, a coisa fica diferente. Mas até o jogo, a coisa é de absoluta normalidade porque vira uma rotina — disse ele — É um jogo inédito. O Gre-Nal se reveste. Não é o mais importante da história, mas ele é relevante e bastante histórico por ser o primeiro da Libertadores. O que tem de apreensão aqui é para depois do jogo, com o resultado. Quem vence, sai aliviado. E, quem perde, cria para si um problema. Mas não me sinto angustiado. Os jogadores são treinados para isso e, para mim, pessoalmente, o ambiente gerado é de absoluta tranquilidade para enfrentar os problemas — completou.
Quando provocado a dar um palpite sobre o jogo, Romildo saiu pela tangente, sem cravar um resultado final.
— Vitória do Grêmio, não importa o placar — brincou.