No dia 12 de março, a Dupla escreverá um novo e importante capítulo de sua rivalidade. Pela primeira vez, os dois gigantes de Porto Alegre farão um enfrentamento válido pela Libertadores. Por isso, GaúchaZH recorda Gre-Nais que entraram para a história do clássico.
No dia 19 de setembro de 2009, Grêmio e Inter se enfrentaram no Estádio Olímpico. O duelo era válido pela 12ª rodada do Brasileirão e, portanto, não daria taça ao vencedor. Mas o valor era simbólico. Completava-se 100 anos da primeira vez em que os dois clubes se enfrentaram.
— Eu fiz gol e a gente venceu por 2 a 1, no Olímpico ainda. Com certeza foi um dos jogos mais bonitos da minha carreira como jogador — recorda o argentino Maxi López.
A memória do centroavante está em dia. Naquele ano, o Inter comandado por Tite havia vencido os três clássicos anteriores, pelo Gauchão. E naquele domingo, mesmo jogando como visitante, abriu o placar com Nilmar. Porém, Souza, em cobrança de falta,e Maxi López, de cabeça, decretaram a virada tricolor.
— Eu, infelizmente, não tive a oportunidade de jogar o clássico Gre-Nal pela Libertadores, mas sei do seu peso, pois joguei o Gre-Nal dos 100 anos. Já temos grandes jogos quando se trata das competições nacionais, agora também pela Libertadores. Ele será muito especial para ambos — sentencia Maxi, projetando o duelo da próxima quinta-feira, na Arena.
Quando o assunto é clássico, Maxi tem experiência. Ao longo de sua carreira de quase duas décadas, viveu algumas das maiores rivalidades do futebol mundial. Na Espanha, entre Barcelona e Real Madrid. Na Itália, entre Milan e Internazionale. Mais recentemente, no Rio de Janeiro, entre Vasco e Flamengo. Mas nenhuma se compara à experimentada em Buenos Aires, quando surgiu para o futebol argentino.
— Gre-Nal é como a rivalidade entre River e Boca, que tive a oportunidade de jogar pela Libertadores (em 2004). Você já prepara o jogo um mês antes na sua cabeça. Na semana do jogo, fica com muita vontade de entrar em campo, pois se sabe da importância do jogo. Não só por nós, mas para a família e, principalmente, para o torcedor, que é a coisa mais linda e importante de tudo no futebol — conclui o jogador de 35 anos que, atualmente, joga no italiano Crotone.
Ficha técnica:
Gre-Nal 377: Grêmio 2x1 Inter (Brasileirão de 2009)
Grêmio: Victor; Mário Fernandes (Makelele), Rafael Marques, Réver e Fábio Santos; Adílson, Túlio, Tcheco e Souza; Herrera (Jonas) e Maxi López. Técnico: Paulo Autuori.
Inter: Lauro; Bolívar (Danilo Silva), Índio, Sorondo e Kléber; Sandro, Guiñazu, Andrezinho (Giuliano), D'Alessandro e Taison (Alecsandro); Nilmar. Técnico: Tite.
Gols: Nilmar, Souza e Maxi López.