Depois de alguns dias de calmaria, interrompidos por boas notícias de contratações pontuais — até agora todas acertadas —, a quinta-feira (16) do Grêmio foi movimentada. Menos pelas demissões promovidas pela direção, mais pela saída de Diego Tardelli, claro.
No caso das dispensas na comissão técnica, acredito que o presidente Romildo Bolzan, reconhecidamente um excelente gestor, deve saber bem os motivos, e tenho certeza de que os profissionais que estão chegando são tão qualificados quanto os que saíram.
O assunto que acredito que seja mais de "interesse público", e menos de "economia interna", é a rescisão com Tardelli. Assim como a maior parte da torcida gremista, apoiei e aprovei sua contratação. Porém, pela suposta falta de interesse em jogar aqui, combinada com uma também suposta dificuldade de adaptação ao ritmo do futebol brasileiro, ele não conseguiu desempenhar o que se esperava dele.
Respeito e admiro boa parte das decisões do presidente e de Renato. Mais do que ninguém, eles conhecem os bastidores e sabem os reais motivos pelos quais tal jogador rende mais ou menos. Ou até não rende.
Cautela explicada
A nítida cautela do clube no mercado pode ter origem em casos como o de Tardelli, Marinho e vários outros "medalhões" que vieram para a Arena e não deram certo. Via de regra, quando eu lia o anúncio da chegada de alguns destes jogadores, achava que o presidente tinha acertado. Com o tempo, os caras não davam retorno e eram dispensados.
Não ignoro que Tardelli tenha jogado 27 partidas como titular e marcado sete gols. É pouco, claro. Mas ele tem bola, joga muito e poderia dar um retorno maior em 2020, a partir de uma boa pré-temporada. Mesmo que eu entenda sua saída, acredito que a direção tem de analisar algumas situações específicas que não deram certo e tiveram bem menos chances do que outros jogadores. Quem sabe esteja aí uma das receitas para futuros acertos.