Diego Tardelli deixa o Grêmio após 47 jogos, sete gols marcados e uma série de polêmicas. Após demorar para dar a resposta dentro de campo, chegou a receber cobranças públicas de Renato Portaluppi e da direção.
A avaliação interna do Grêmio é de que Tardelli não conseguiu se sentir bem no Grêmio. Os relatos de quem conviveu com ele dão conta de que o atacante tinha uma "rotina estranha" no clube.
Ele alternava alguns momentos de satisfação com muitos momentos de insatisfação. O jogador relatava problemas com a readaptação aos trabalhos físicos no Brasil. No final do primeiro semestre, desabafou com amigos da época em que atuou no São Paulo, e disse que não queria continuar no Grêmio.
Outra queixa de Tardelli era sobre as críticas de torcida e imprensa pelo desempenho abaixo do esperado. Após quatro temporadas na China, ele não estava mais disposto a conviver com o ambiente conturbado do futebol brasileiro.
Um detalhe que chamava a atenção era a alternância do seu comportamento. Em um dia, Tardelli dizia que não queria jogar como centroavante, mas na semana seguinte se colocava à disposição para atuar na função. Pouco depois, se dizia motivado para ficar, e logo depois alegava que não queria permanecer no clube.
É importante ressaltar que a relação com os demais jogadores sempre foi boa. Nunca houve falta de respeito. O problema estava no que Tardelli realmente queria entregar para o Grêmio. E esta entrega foi insuficiente.
Em meio a tudo isso, as atuações nunca empolgaram. Com esta instabilidade, a relação se deteriorou. O próprio atleta pediu para sair. Como não chegou proposta oficial de outro clube, a opção foi a rescisão de contrato. Aos 34 anos, ele está livre para seguir a carreira em outro clube.