Os médicos do Grêmio concederam entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (1º), no CT Luiz Carvalho. Representados pelo Diretor Médico Saul Berdichevski e pelos médicos Paulo Rabaldo e Marcio Dornelles, os integrantes do DM gremista explicaram as situações clínicas de Luan e Jean Pyerre e se defenderam das críticas sofridas durante esta temporada.
Número de lesões
— Discordo do alto índice de lesões. O Grêmio chegou em novembro com três competições de alto nível com jogos muito intensos e de caráter decisivos. Fazendo uma comparação com o ano passado, diminuímos pela metade o número de lesões. Sempre estamos atentos e fazemos intercâmbios com outras equipes para ficar a par de novos tratamentos e equipamentos que melhoram a recuperação e previnam as lesões. Em 2019, tivemos 25 lesões. Em 2018, foram 55. Ou seja, reduzimos mais de 50%, claro que ainda jogaremos por 40 dias nesse ano. É normal que aconteçam lesões. Apesar da gravidade das lesões, a recuperação dos jogadores vem acontecendo de forma muito rápida. Nesse ano, o Michel fez uma artroscopia e voltou em 20 dias, por exemplo.
Jean Pyerre
— Trabalhamos para recuperar ele a tempo de voltar contra o Flamengo. Não divulgamos o período de recuperação, porém internamente, tínhamos um prazo e ele ainda está dentro desse período. A cicatrização dessa lesão é mais demorada, são 19 cm de rompimento. Se trata de um jogador que chuta muito, por isso, a recuperação é mais demorada. Trabalhamos para que ele retorne o mais breve possível e esperamos que seja esse ano. Sobre a ida a Fortaleza e Rio de Janeiro, ocorreu porque os equipamentos estariam conosco. Não faria diferença ele trabalhar aqui ou lá. E por se tratar de um jogo importante, tomamos essa decisão.
Luan
— Ele não sentiu mais nenhum problema de fascite plantar. Ele teve uma lesão por estresse. Fizemos exames de controle e ela está se curando muito bem. Trabalhamos para que ele volte de forma rápida. Contra o Bahia, ele teve um trauma no tornozelo e tínhamos uma viagem no outro dia. Levamos ele e fizemos o exame de imagem em Fortaleza, um dia depois da partida na Arena. Lá que foi diagnosticada a lesão. A divulgação ou não dessa informação é de critério do clube e, pela proximidade de um jogo decisivo, preferimos manter o mistério.
Interferência de Renato
— O relacionamento com o Renato é o melhor possível. Interagimos de uma forma muito respeitosa. Cotidianamente nos reunimos para que o grupo defina certas evoluções em termo de atuação. Lógico que temos um colegiado, onde envolve departamento médico, fisioterapia, nutricionista, preparadores físicos e a comissão técnica. Todos esses profissionais interagem e avaliam se o jogador pode ou não ser utilizado. Isso é uma coisa constante. Temos uma ótima relação, não há nenhum problema. Estamos muito bem afinados.