O Grêmio jogou seis vezes contra times da parte de baixo da tabela de classificação do Brasileirão. Foram dois jogos contra o Avaí, dois diante do Fluminense, um com a Chapecoense e uma partida diante do CSA. Ao todo, venceu uma, perdeu duas e empatou em três oportunidades. Ou seja, conquistou seis pontos em 18 possíveis, contabilizando 33,3% de aproveitamento nos confrontos diretos com times que ocupam o Z-4 da competição na 30ª rodada.
O pior retrospecto é contra o Fluminense, com duas derrotas nos dois jogos. Em casa, na terceira rodada, com o time titular — Júlio César era o goleiro — o Grêmio chegou a abrir 3 a 0 no primeiro tempo e sofreu a virada no segundo. A partida terminou em 5 a 4 para os cariocas. No segundo turno, com os reservas em campo no Maracanã, pela 22ª rodada, perdeu de 2 a 1.
O lanterna Avaí é o mais próximo de ser considerado um freguês tricolor. Um empate na Ressacada na segunda rodada e uma goleada pela 21ª, na Arena, somam quatro dos seis pontos do Grêmio contra times no Z-4. Em nenhum dos jogos o Grêmio escalou todos os titulares. O 1 a 1, no começo do campeonato, foi com um time misto, enquanto o 6 a 1 em casa foi disputado por uma equipe titular com três desfalques.
O comentarista dos canais SporTV, Sérgio Xavier, avalia o desempenho do Grêmio contra os times que estão no Z-4. Para ele, as posições que as equipes ocupam influenciam no desempenho dos jogadores nos 90 minutos pela motivação de cada atleta.
— É uma questão de mobilização. Pegando o exemplo do Avaí, foi um super-relaxamento. Muitas vezes é questão de relaxamento da escalação, mas algumas, não. Foi relaxamento de mobilização — comenta, justificando que os jogadores gremistas podem ter confiado no bom desempenho recente da própria equipe:
— Eles estão no Z-4, não precisa correr tanto, não vou fazer tanta ultrapassagem, os jogadores devem pensar. E aí, na hora de atacar são poucas as opções de passe. E para defender, às vezes um não recompõe com a prontidão que precisa.
Sérgio Xavier acredita que o Grêmio precisa entrar em campo contra o CSA com "intensidade total", tanto no ataque quanto na defesa. O comentarista atribui as derrotas gremistas ao desempenho físico diminuído pela falta de foco, que resultam em erros táticos:
— Hoje, no futebol, mesmo sendo contra um CSA, um Avaí, a falta de um na cobertura pode ser a causa de uma derrota.