Frequentemente cotado para assumir o comando da Seleção Brasileira, o técnico Renato Portaluppi tem o apoio de Evaristo de Macedo, que foi seu treinador no Flamengo. O comandante do Grêmio na conquista do tricampeonato da Copa do Brasil em 1997 ainda fez criticas ao trabalho de Tite e disse que chegou a hora do ídolo gremista no cargo.
— Pelo trabalho que ele vem fazendo e a maneira com que ele encara as coisas, eu acho que está na hora de o Renato pegar a Seleção. Senão, como em tudo na vida, o tempo passa, e aí ele perde a oportunidade. Estou vendo o Tite com algumas dificuldades. Em alguns jogos, ele não consegue ganhar. E o torcedor não quer derrota, nem empate e nem conversa fiada. O torcedor quer vitórias. Se o time não está ganhando, quem é o culpado? É o treinador. O que está acontecendo na Seleção Brasileira é que o Tite está sendo sacrificado com tudo isso aí — opinou Evaristo, em entrevista concedida à GaúchaZH no seu apartamento, em Ipanema, neste domingo (20).
Evaristo foi técnico de Renato quando treinava o Flamengo, em 1993. Naquele ano, em um Fla-Flu válido pelo Campeonato Carioca, o ídolo gremista teve uma forte discussão em meio ao jogo com o então jovem meia Djalminha. Os dois só não foram às vias de fato devido à intervenção dos companheiros. Curiosamente, apenas Djalminha foi dispensado.
— O Djalminha era da base do Flamengo. Ele teve um momento difícil, se desentendeu com o Renato e desrespeitou todo mundo. Aí a coisa ficou meio grossa para ele. Na realidade, o que pesou para a saída dele não foi o treinador e nem o jogador. Foram o grupo e a direção. A gente queria o Djalminha. Mas ele estava querendo sair e estava nervoso. Eu gostava muito dele, tanto que ele estava jogando. Mas nem sempre quando nós colocamos os jogadores eles se respeitam. E aí temos que tomar uma atitude — explica Evaristo.
Anos depois, Renato fez as pazes com Djalminha e ainda mantém amizade com Evaristo. Ambos são inclusive vizinhos, pois moram em ruas próximas no bairro de Ipanema.
— Ele mora aqui pertinho. Quando chegar o verão, vai pintar por aqui. Aí a gente sempre bate um papo. Eu também já tive a minha época de Ipanema. Mas, agora, não vou muito à praia. Mas gosto sempre de encontrar o Renato e conversar com ele — finaliza Evaristo, que se notabilizou, como jogador, por ser ídolo no Flamengo, do Barcelona e do Real Madrid.