A partida realizada na Arena da Baixada, em Curitiba, na última quarta-feira (4), pela semifinal da Copa do Brasil, por pouco não acabou em confusão. O torcedor do Athletico-PR Eduardo César Grenteski Gava registrou um boletim de ocorrência contra o vice-presidente do Grêmio Cláudio Oderich, alegando ter sido atingido no rosto por uma lata de cerveja, jogada do camarote em que estava a delegação gremista. Junto dele, outro torcedor, Ilson Mario Kovalski, alegava ter sido atingido também por uma lata de refrigerante na região do tórax.
Em contato com GaúchaZH, o dirigente gremista confirmou o incidente, alegando que a delegação gremista estava exposta a insultos e agressões e que apenas reagiu.
— Estávamos em um camarote, no meio da torcida deles, em um ambiente aberto. Na comemoração do segundo gol deles, voou tudo o que tu podes imaginar. Estava todo mundo molhado e teve reação. Toda ação gera reação. Nem sei o que eu atirei. O que veio, eu devolvi — descreveu Cláudio Oderich.
Identificado pelos seguranças do estádio, Oderich foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim). Porém, as partes chegaram a um acordo, e o processo acabou arquivado.
— Eu dei uma camisa do Grêmio a ele, que me deu uma camisa do Athletico. Batemos uma foto juntos, e encerrou ali — explicou ele.
Em documento firmado pelo Plantão do Juizado do Torcedor e Eventos, a juíza supervisora, Flavia da Costa Viana, alegou estar impedida de atuar no caso por "estar próxima ao local em que se encontrava a diretoria do Grêmio".
Já o promotor de Justiça Otacílio Sacerdote Filho relatou que "como não há como se saber quem iniciou a confusão, onde podemos concluir que o diretor do Grêmio teria apenas revidado a agressão iniciada por torcedores do Athletico, o Ministério Público entende que ele agiu abrigado pelo instituto da legítima defesa".