O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) não identificou nenhuma infração prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva na partida entre Athletico-PR e Grêmio, quarta-feira (4), na Arena da Baixada, em Curitiba, pela semifinal da Copa do Brasil. Conforme o Tribunal, as palavras identificadas em imagem na qual uma torcedora do time da casa aparece xingando o jogador Matheus Henrique foram palavrões, e não há punição prevista neste caso.
O diretor jurídico do clube, Nestor Hein, disse que ainda que o caso fosse identificado como injúria racial, não seria usado para tentar reverter o resultado de campo. Ele citou o caso Aranha, no qual o Grêmio acabou eliminado da Copa do Brasil de 2014 ao ter três pontos retirados pelo STJD por conta de ofensas racistas contra o então goleiro do Santos.
— Quando deu o caso do goleiro Aranha, o Grêmio defendeu a tese de que não se podia culpar individualmente o clube por atos individuais. O Grêmio foi condenado, enxovalhado e sofreu com isso, mas a tese era essa — explicou Hein, antes de completar:
— Como é que agora, para eu querer anular um jogo, entrar pela porta dos fundos na Copa do Brasil, eu vou defender, para beneficiar o Grêmio, aqueles argumentos que, eu reputo, foram os que condenaram o Grêmio e foram uma ignomínia, uma coisa absurda na vida do Grêmio? Como é que agora eu vou pegar esses argumentos para esgrimí-los em favor do Grêmio? Então, nós vamos manter uma coerência. Se o STJD fizer, que o STJD faça, mas não será com o auxílio do Grêmio.