Todas as repórteres e comentaristas esportivas do sexo feminino, literalmente todas, das emissoras de televisão, rádio e jornais, têm dito reiteradas vezes que lugar de mulher é onde ela quiser. Não somente no esporte. São inclusive radicais nessas afirmativas, com o que todos concordamos.
Começando por aí, não se justifica, sob nenhuma hipótese, em qualquer ângulo que se examine, a lamentável agressão sofrida por uma mulher gremista no Beira Rio, acompanhada do filho pequeno, simplesmente por ser torcedora adversária. Entrando no mérito, o local estava praticamente vazio, a torcedora se dirigia aos gremistas no andar de cima, e os agressores vieram em sua direção de maneira hostil.
Todo o Brasil já conheceu a atitude desprezível da agressora e de seus comparsas, que nada fizeram para impedir. Chegou a hora das autoridades atuarem. O Ministério Público e o Juizado Criminal, além do STJD da CBF, que são atuantes nos estádios, com certeza vão tomar as providências legais adequadas. Mas o mais importante, para demonstração de grandeza e justiça a todo o país, será a posição oficial que vai ser adotada pelo Inter.
Tomada de posição
Parece que alguns dos envolvidos são conselheiros, o que agrava sobremaneira a situação. O presidente do Inter, Marcelo Medeiros, é cavalheiro o suficiente para não compactuar com esse tipo de agressão. Ainda mais com associados que representam o clube, porque foram eleitos conselheiros.
A nota oficial divulgada no domingo (21) pelo Inter dá início a uma tomada de posição sobre o assunto. Na semana em que houve problema com arbitragem, briga no pátio e agressão à torcedora no mesmo local, que tudo termine por aí.