Depois de ser denunciado por ato de injúria racial, o Grêmio pedirá que sua torcida não use mais a palavra "macaco" em seus cânticos. Por episódio envolvendo o atleta Yony González, do Fluminense, no jogo da terceira rodada do Brasileirão, o clube corre risco de receber multa de até R$ 100 mil. Uma reunião na manhã desta quarta-feira (15) definirá as medidas para tentar coibir o uso de expressões de cunho racista.
— É desgastante, no Caso Aranha já passamos por isso. Sofremos muito com essa situação. Nós vamos tomar uma série de providências, pois é humanamente desagradável. Vamos ter uma reunião para resolver. Tenho certeza que a intenção da imensa maioria de nossos torcedores que cantam não é ofender ninguém, mas se uma pessoa se sente atingida, está errado. Não há mais margem para aceitar, hoje não é mais assim — afirmou Nestou Hein, diretor jurídico do Grêmio.
Outra punição possível é que os torcedores envolvidos na situação sejam proibidos de ingressar no estádio. O Grêmio trabalha para identificá-los por meio de imagens e de consulta a seguranças, gandulas e outros profissionais que estavam próximos de onde os gritos contra o atleta partiram. Há a preocupação, segundo Hein, de não fazer acusações injustas. Após a reunião com o Departamento do Torcedor Gremista (DTG), o assunto será repassado a torcidas em novo encontro à tarde.
— Queremos convencer as pessoas de que não vale a pena o clube se incomodar com questões assim novamente. Imagino que a gente vá ser entendido pela nossa torcida, pois nos incomoda muito essa repercussão. Queremos terminar com esse negócio (uso da palavra "macaco" em cânticos). Temos que avançar — finalizou.