Recuperado de problemas musculares, Diego Tardelli deve ser uma atração do Grêmio neste sábado (25), na Arena, contra o Atlético-MG pelo Brasileirão. Será a primeira vez que o atacante enfrentará seu ex-clube desde que voltou ao país.
Em Minas, Tardelli atuou duas vezes no Atlético, de 2009 ao começo de 2011, e entre 2013 e 2014. Em 219 jogos, marcou 110 gols. Conquistou, entre outros títulos, a Libertadores de 2013, sendo peça fundamental no time treinado por Cuca. No início de 2015, foi vendido ao futebol chinês, onde permaneceu até o fim do ano passado.
— O Tardelli pode ser colocado na lista de ídolos do Atlético-MG por dois motivos: primeiro pela questão afetiva, de representar e trazer para a torcida o melhor momento da história do clube em termos de conquistas. Segundo pelos números, por ter sido um atacante muito decisivo nas duas passagens que teve — ressalta Renan Damasceno, repórter do jornal O Estado de Minas.
Pela tamanha identificação com o Galo, esperava-se, especialmente pela torcida, que sua volta ao Brasil fosse para o clube mineiro. No entanto, em fevereiro deste ano, o Grêmio anunciou a contratação do atacante de 34 anos. O fato causou irritação em muitos atleticanos, que criticaram o jogador.
— O Tardelli teve um diferencial por se identificar como um torcedor atleticano. Na última possibilidade de vir, o torcedor ficou na bronca, discutindo, xingando de forma equivocada, porque o jogador tem o direito de fazer outra escolha. Torcida foi para as redes sociais, na cabeça deles ficou ruim por ele sempre alimentar esse amor pelo Galo. Ficou uma mágoa do torcedor — afirma Junior Brasil, comentarista da Rádio Itatiaia-MG.
Até o momento, Tardelli soma 12 jogos pelo Grêmio, com um gol marcado, na goleada contra o Juventude por 6 a 0 pelo Gauchão. Sendo titular em quatro jogos, atuou os 90 minutos apenas uma vez. A falta de sequência tem sido uma questão para o camisa 9.
— Quando o jogador passa de determinada idade, muda. O Tardelli de hoje talvez não tenha a condição física, talvez tenha de se readaptar em uma faixa de campo um pouco menor. Fica com o clube para encontrar onde ele vá render melhor. Até a concorrência, não tem facilidade. Essa incógnita dessa "não sequencia" é um problema — analisa Brasil.
No reencontro contra o ex-clube, Tardelli enfrentará um Atlético-MG que vive uma crescente na temporada. Depois de ser eliminado na fase de grupos da Libertadores e a demitir o técnico Levir Culpi, a equipe teve um bom início de Brasileirão. É o vice-líder, com 13 pontos, um a menos do que o Palmeiras.
— O que o Atlético-MG vem apresentando ninguém aqui acreditava. Com um treinador interino, mas muito competente, trouxe organização, esquema tático. O Rodrigo Santana levou quase ao limite do que a equipe pode dar. Um time tentando se reabilitar, outro querendo se manter. Aposto em um empate — disse Junior Brasil.